domingo, 19 de agosto de 2012

Vivendo um ótimo momento o zagueiro Paulo André, conhece o projeto TETO E TINTA

Paulo André se sente em casa no Corinthians. Desde 2009 no clube, será o atleta mais antigo do Timão em campo contra o Santos, neste domingo, já que Chicão e Alessandro, remanescentes da Série B, estão suspensos. E Jorge Henrique está lesionado.

Feliz pelo seu “lar”, o zagueiro sonha com que mais pessoas no Brasil tenham também uma moradia digna. Por conta disso, a convite do diário LANCE, o camisa 13 conheceu neste sábado o trabalho da organização Teto, que busca superar a pobreza nas comunidades precárias da América Latina através da ação conjunta de moradores e jovens voluntários.

Ex-diretor da instituição, o psicólogo Daniel Pucci presenteou o defensor com uma camisa do projeto e explicou sobre as ações feitas desde 2006, quando a organização chegou ao país para construir moradias de emergência (casas pré-fabricadas) em favelas do Estado de São Paulo. Até hoje, 1.040 se tornaram reais.

– Acho legal e necessário. São ações como essa que talvez consigam trazer um pouco mais de igualdade a uma população sofrida e em estado de vulnerabilidade social. Gostaria que mais gente participasse, não só como volantário, mas com apoio financeiro – disse o defensor.

A rápida conversa entre eles, porém, não deve ficar por aí. Responsável pelo Instituto Paulo André, que atende 253 crianças em Campinas, o zagueiro pegou o contato da instituição para trocar experiências.

Prestes a fazer 29 anos (faz aniversário nesta segunda-feira), o zagueiro será um dos principais líderes do time hoje, na Vila Belmiro. Uma vitória porém, o fará se sentir bem, como em sua casa. E é o que ele deseja a todos.
Nome: Teto (antigo “Um Teto para o meu país”)

Início:
Começou em 1997, no Chile, e percorreu países da América Latina e Caribe. Chegou ao Brasil no ano de 2006.

Na prática:
A organização leva casas pré-fabricadas a favelas de acordo com a necessidade das comunidades. São os próprios voluntários, junto dos moradores, quem montam a moradia. As famílias pagam R$ 150 e têm assistência jurídica.

A Grande Coleta:
No sábado e na sexta-feira, mais de 5 mil jovens (a maioria universitários) foram às ruas para a divulgação do projeto. A ideia, também, era arrecadar os R$ 180 mil necessários para a construção das próximas 50 casas que serão montadas em favelas ainda neste ano.

Crê que o trabalho do Teto pode lhe ajudar no seu projeto social?
Vou tentar pegar um pouco de experiência com eles, pois ainda estou engatinhando no Instituto Paulo André. Temos apenas um ano e meio de projeto e estamos encontrando bastante dificuldades.

Que tipo de dificuldades?
Principalmente na aplicação dos projetos e obras. Vimos que o buraco é mais fundo do que a gente imagina. Por mais que estejamos na comunidade tentando ajudar, é difícil mudar a realidade e transformar a vida dessas crianças e famílias, porque elas estão completamente à margem da sociedade, sem qualquer auxílio público. Por isso, as ações dessas ONGs podem trazer um pouco de alento e carinho a essas pessoas que são esquecidas e não aproveitam a vida como nós.

Hoje, o Corinthians é o seu teto? Pensa em se aposentar no clube?
Sim, desde que cheguei já falava isso. Me sinto bem aqui e a cada dia de treino ou jogo realizo um sonho por jogar no time do coração e por fazer parte desse grupo vencedor.

Sem Alessandro e Chicão (suspensos), e Jorge Henrique (machucado), será o mais antigo do time...
Não sabia, mas fico feliz. Mostra que os três grandes técnicos que aqui passaram (Mano Menezes, Adílson Batista e Tite) sempre contaram comigo. Acredito que o trabalho esteja sendo bem feito.


Fundado em 15/2/2011, o Instituto Paulo André atua em três bairros pobres de Campinas, onde o zagueiro nasceu. Inicialmente, a ideia era apenas a inclusão social através do esporte, mas ao longo dos meses os voluntários notaram que as necessidades das comunidades eram ainda maiores. Mensalmente, por exemplo, 253 crianças recebem cestas básicas. Além do foco no esporte, o IPA faz excursões culturais, palestras de higiene e promove atividades de educação.

– Vemos situações deploráveis na casa das pessoas: baratas, alagamentos, ratos, gente dormindo no chão...– cita o jogador, comovido.
Fonte:

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