terça-feira, 3 de abril de 2012

Mário Gobbi, tem estilo diferente de Andrés.

No comando do Corinthians desde fevereiro, o delegado Mário Gobbi não lembra em quase nada o estilo Andrés Sanchez de ser. Umas das diferenças claras é a presença menos assídua nos treinamentos da equipe no CT Joaquim Grava. Enquanto o agora diretor de seleções da CBF estava lá ao menos semanalmente, as aparições públicas do atual mandatário podem ser contadas com duas mãos certamente.


"É estilo", justifica o dirigente, alegando que tem pessoas capazes de levar o futebol sem sua interferência tão próxima. "Converso todos os dias com os diretores, e eles, por sua vez, com a comissão técnica e os jogadores. Senão eu não precisaria de diretor. Tenho uma equipe: um gerente técnico, um diretor e um diretor adjunto. Estamos em contato com eles diuturnamente e sempre que posso vou ver os treinos. A diretoria é coesa, só tem especialistas nas respectivas áreas, então nós vamos ouvindo os experts".


No futebol, os experts são aqueles nomeados por Andrés: o ex-volante Edu Gaspar (gerente), Roberto de Andrade (diretor) e Duílio Monteiro Alves (diretor adjunto). Por sinal, não apenas eles permaneceram. As pessoas também são as mesmas na comissão técnica e no elenco de jogadores – o único reforço apresentado na gestão de Gobbi foi o chinês Zizao, que já estava acertado anteriormente pela cúpula de Andrés, mais precisamente a diretoria de marketing.

Ainda assim, a base da equipe campeã brasileira de 2011 e que vai bem tanto no Campeonato Paulista quanto na Copa Libertadores deste ano teve assinatura de Gobbi. Quando ainda era diretor de futebol do clube, foi ele um dos responsáveis diretos pelas chegadas de atletas hoje firmados, como o lateral direito Alessandro, os zagueiros Chicão, Leandro Castán e Paulo André, a dupla de volantes Paulinho e Ralf, o meia Danilo e o atacante Jorge Henrique, entre outros.

Novos contratados, no entanto, não parecem ser prioridade. "O momento é de ter foco na fase final do Paulista e no mata-mata da Libertadores", esquivou-se o presidente, transferindo a responsabilidade de procurar bons nomes para o técnico Tite, que no mês passado concordou com a demissão de Adriano depois de uma série de polêmicas do camisa 10 dentro e fora de campo. "Vamos ver o que ele quer. Se ele pedir outro centroavante, tentaremos viabilizar".

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