A Justiça Federal do Rio pode decretar a prisão preventiva Emerson Sheik.

Os dribles do jogador Emerson, do Corinthians, à Justiça não se restringem ao processo em que ele é acusado de contrabando e lavagem de dinheiro pela importação ilegal de uma BMW, dos Estados Unidos. Em outras duas ações em que ele já foi condenado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, Sheik vem protelando o cumprimento das penas. Somando as duas condenações, o atacante deve pelo menos R$ 450 mil à Justiça fluminense, além da prestação de serviços comunitários à uma instituição esportiva na favela da Rocinha, no Rio. 

Ambos processos foram por uso de documento falso e falsidade ideológica. Uma das condenações, por ter falsificado sua certidão de nascimento, é de 2006. Em outra, por falsidade ideológica, de 2009, Emerson tentou substituir a prestação de serviço comunitário por pagamento de multa. No pedido, seus advogados alegaram que o atleta sofria de "desgaste físico e lesões ósseas" que o impediam de cumprir a pena. O pedido foi negado pela Justiça. Emerson, à época, já jogava pelo Corinthians. 

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Num trecho da decisão que condenou o jogador por falsidade ideológica, em 2006, o juiz chegou a dizer que Sheik tem ganância desmedida pela riqueza. 

"Embora primário, o delito não foi um episódio esporádico de sua vida, eis que possui personalidade voltada apenas para o seu interesse pessoal, ainda que possa estar em antagonismo com a ordem pública; observo mais que a ganância, representada pela busca desmedida da riqueza", escreveu o juiz Lafredo Lisboa Vieria Lopes, da 3ª Vara Federal. 

A Justiça Federal do Rio pode decretar a prisão preventiva do jogador, caso ele não se apresente para responder pelos crimes de contrabando e lavagem de dinheiro, em processo que corre na 3ª Vara Federal. Há dois meses, a Justiça tenta localizar o atacante para que ele tome ciência do processo. Embora o advogado do jogador, Ricardo Cerqueira, tenha dito que Sheik iria se apresentar o mais rápido possível, até o fim da manhã desta sexta-feira, Emerson ainda não havia se apresentado. 

Os advogados do atleta não foram localizados para explicar os motivos de o jogador ainda não ter começado a cumprir as duas penas.

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