O Corinthians sempre teve uma relação conturbada com a Libertadores. Além de nunca ter sido campeão do torneio, o clube acumulou fracassos surpreendentes na competição ao longo dos anos, alimentando as brincadeiras dos rivais e decepcionando os torcedores. Mas na quarta-feira, na Vila Belmiro, o time mostrou uma postura que em pouco lembrou as falhas e o nervosismo de outros tempos.
O Corinthians que venceu o Santos por 1 a 0, no campo do rival, e que agora precisa de um empate para fazer uma inédita final sul-americana, mostrou em campo a concentração que caracterizou a equipe nos últimos tempos. Foi assim que o time foi campeão brasileiro e chegou às semifinais da Libertadores. E, para o técnico Tite, a explicação está justamente na maior decepção recente do clube: a eliminação para o Tolima, na Pré-Libertadores de 2011.
"Nosso time aprendeu quando queimou na carne e perdeu a Libertadores do ano passado. E às vezes uma derrota, com aquela lá, te ensina", disse o treinador corintiano, ainda sob a emoção da vitória que deixou o time mais perto da decisão - o segundo jogo será na próxima quarta-feira, no Pacaembu.
O treinador gostou muito do que viu nos primeiros 90 minutos do confronto pela semifinal. "Conseguimos uma vitória sólida, o time poderia até ter ampliado o placar. A gente fez um grande primeiro tempo; no segundo, foi um jogo mais equilirado", afirmou.
Para o treinador, uma atuação como a de quarta-feira mostra que o Corinthians é mais do que um time que ganha partidas apenas à base de raça e sofrimento. "O suor, sozinho, não ganha jogo. Tem que ter qualidade técnica, o aspecto físico, tático, emocional", disse.
Elogios do rival - A atuação do Corinthians convenceu até Muricy Ramalho. Logo no início de sua entrevista coletiva pós-jogo, o treinador santsta fez questão de dar os méritos da vitória ao rival. "Não vou dizer que o Santos jogou mal, porque isso tiraria o mérito do Corinthians, que foi muito bem", avaliou.
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