Logo na primeira pergunta, Tite já exalava felicidade pelo comportamento da equipe nas duas partidas diante do Peixe. Mesmo com a igualdade em casa, o treinador exaltou a disposição do grupo para buscar o gol no início do segundo tempo e anular o adversário.
– Eu quero comungar ao torcedor corintiano essa alegria de poder participar de um grupo que não conquistou nada, mas que foi melhor em 180 minutos e por isso se classificou. É também para a direção, ao grupo de funcionários que abraçam a causa e para a comissão técnica extraordinária que tenho. É para minha família linda. Essa é a felicidade maior. Merecemos em 180 minutos, jogando.
Numa análise fria do que aconteceu em campo, Tite reconheceu que o Corinthians esteve abaixo no primeiro tempo, quando sofreu o gol de Neymar, mas destacou a mudança de comportamento para a reação na etapa final.
– Retardamos demais a marcação. Eu pedia para adiantar. O Santos botou volume, mas não me lembro de uma defesa do Cássio. Voltamos organizados no segundo e conseguimos uma jogada de profundidade. Trouxe o Danilo para o lado e tivemos volume e posse de bola. O Rafael fez defesas importantes.
Sem querer falar da arbitragem, o técnico acredita que o Timão não sofreria o gol de Neymar se Ralf estivesse participando da jogada. Pouco antes, o jogador dividiu com Alan Kardec pelo alto e caiu no gramado com um corte na cabeça, não podendo seguir no lance.
– Dificilmente tomaríamos o gol se o Ralf estivesse em campo. Isso está muito claro para mim – disse.
A bronca com o trio de arbitragem, porém, às vezes, era esquecida para falar sobre o que ele vivenciou em campo.
– Pqp, que baita clássico! Qualidade técnica dos dois lados. Tem muita coisa boa para falar!
Apesar das respostas sobre a partida, Tite reconheceu que ainda não conseguiu dimensionar o tamanho do feito de levar o Corinthians à primeira decisão de Libertadores em sua história. A primeira dele também.
– Não (caiu a ficha). Só vou ter a emoção da coisa quando pegar meus filhos e minha esposa e tomar uma caipira (mostra com as mãos) desse tamanho (risos) – brincou.
Mas a comemoração não vai parar na caipirinha...
– Sei que muita gente vai namorar melhor hoje. Quando vence, o cara namora melhor, janta melhor, vai ficar com o filho mais legal, passar um dia mais legal (risos) – disse.
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