quinta-feira, 28 de junho de 2012

Kia Joorabchian, foi a Argentina para torce para o Corinthians.


O iraniano Kia Joorabchian, presidente da MSI, parceira do clube entre o fim de 2004 e meados de 2006, ano anterior ao rebaixamento do clube no Campeonato Brasileiro, disse que viajou de Londres a Buenos Aires só para ver o primeiro jogo da final da Copa Santander Libertadores. E que voltaria para o país onde fixou residência já nesta quinta-feira.


Morando na Inglaterra, ele deu entrevista à reportagem do lance, minutos antes de o jogo começar, e afirmou que fez a maratona para ver o Corinthians, enfim, campeão da Libertadores.


– Tem de ser campeão, finalmente, não? A torcida merece! – afirmou, com discurso de quem quer agradar.


Ainda agente de Carlitos Tevez, do Manchester City (ING), Kia estava acompanhado do assessor e porta-voz do atacante, Adrian Ruocco. O argentino Ruocco não quis falar. Fez cara feia e desapareceu, quando a reportagem fez a primeira pergunta para Kia.


– Ele não gosta – disse o iraniano, sobre a pessoa que deveria falar por Tevez a imprensa.

Mas Kia queria falar, tanto que apareceu no setor de imprensa. Talvez não exatamente sobre negócios com o Corinthians. Porque, depois que a parceria, que deveria durar dez anos, foi interrompida sob acusações do Ministério Público Federal de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, entre outras, o agente foi embora do Brasil e só apareceu em eventos e jogos esporádicos na Europa. Vez ou outra, circula a informação de que ele participou diretamente de negociação de jogador brasileiro para algum clube europeu ou de lá para algum clube brasileiro. 

Kia ri quando é questionado sobre as acusações que lhe foram feitas na Justiça brasileira. Diz que nunca teve problema no país. Mas continua evitando visitar o Brasil. Tanto que não pretende ir a São Paulo para o segundo jogo da final, apesar de ter feito uma viagem relâmpago da Europa à Argentina para ver o primeiro.

Reportagem: Está dividido, Kia?
Porque dividido, sou Corinthians nesta final.

Reportagem: Por causa de Tevez, ele é Boca, não?
Tevez pode ser Boca ou pode estar dividido, mas eu não, sou Corinthians, não tem divisão. 

Reportagem: E onde ele está? No camarote?
Não, está de férias, viajando.

Reportagem: É? Não veio ver o Boca na final da Libertadores? 
Não, quis viajar.

Reportagem: E você, vai a São Paulo para ver o segundo jogo? 
Eu quero muito, mas tenho um compromisso na Europa... Não sei se vou conseguir.

Reportagem: Mas há algum receio de ir ao Brasil?
Nunca tive problemas no Brasil. Mas faço negócios na Europa, agora.

Reportagem: Está morando na Inglaterra... ?
Sim, em Londres.

Reportagem: Você é um dos grandes agentes do futebol mundial. Tem mantido contato com amigos ou dirigentes brasileiros?
Não, não mais. 

Reportagem: Nem quando Tevez pede para voltar para a América do Sul? 
Não, ele está bem.

Reportagem: Algum jogador desta final tem mercado na Europa? Paulinho, por exemplo? 
Paulinho? (Risos) Quero só falar que o Corinthians vai ganhar hoje. Tem de ser campeão!

Kia pede licença, pega o celular no bolso, sorri e se despede...

– Desculpe, vamos ver o jogo. Tchau!
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