As diretorias do Corinthians e da Odebrecht continuam mobilizadas para conseguir empréstimos para a construção da arena, enquanto os R$ 400 milhões do BNDES não são liberados. O vice-presidente Luis Paulo Rosenberg cancelou palestra que daria nesta quinta-feira, em Franca, no interior de São Paulo, alegando que foi convocado para reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
É pelo menos o segundo encontro entre eles. No fim de setembro, o ministro se reuniu com os presidentes do Banco do Brasil, Aldemir Bendine; do Corinthians, Mário Gobbi Filho; e com representantes da Odebrecht, além do próprio Rosenberg, pela liberação de mais um empréstimo.
A construtora pressiona pela liberação porque alega já ter gastado R$ 122 milhões na Arena Corinthians – além de outros R$ 250 milhões, provenientes de empréstimos-ponte feitos pelos bancos do Brasil e Santander. A operação de empréstimo do BNDES é indireta, intermediada pelo Banco do Brasil – vinculado ao Ministério da Fazenda. O problema é que o BB exige garantias do Corinthians e da Odebrecht. Este impasse está atrasando a liberação de empréstimos.
O clube e a construtora aguardam ainda a venda de títulos de incentivo fiscal (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento) da Prefeitura. Serão liberados R$ 420 milhões em CIDs, mas em parcelas. Por enquanto, a obra só tem direito a R$ 160 milhões, que só valerão dinheiro depois de serem negociados.
Enquanto o imbróglio se arrasta, a Odebrecht ameaça paralisar as obras. As obras da Arena Corinthians estão 52% prontas, e devem atingir 65% no fim deste ano, de acordo com cronograma da construtora divulgado em janeiro.
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