Durante a apresentação e primeira entrevista coletiva de Pato como atleta do time paulista, ele usou um discurso ensaiado para responder à pergunta que mais vezes foi feita pelos cerca de cem jornalistas presentes na abarrotada sala de imprensa do CT corintiano, e não foi possível ouvir da boca de Alexandre Pato, nesta sexta-feira, uma explicação sobre o porquê dele ter sofrido tantas lesões musculares recentemente pelo Milan. Foram 16 nos últimos dois anos, o que gera questionamentos sobre a chegada do atacante ao Corinthians.
“Passei cinco anos maravilhosos no Milan e nada do que aconteceu lá vai apagar essa história”, limitou-se a dizer em quatro oportunidades a estrela contratada por R$ 40 milhões. Ao contrário do médico corintiano Joaquim Grava, que acusou o clube italiano de ter tratado Pato de forma equivocada, o jogador não quis criticar a ex-equipe.
Submetido a uma bateria de exames médicos e também a consultas do Corinthians sobre sua situação física, Pato garante que agora está livre de qualquer risco de lesão. “Nunca estive tão bem como agora. Estou 100%”. Pato não estabeleceu uma previsão para sua estreia e deixou a decisão com a comissão técnica. O mesmo vale para seu posicionamento em campo - “posso jogar de centroavante, nas alas...”
A recuperação física, pelo menos publicamente, não é o motivo para o retorno ao Brasil e sim o calor da torcida corintiana e o ótimo momento do time, segundo o atacante revelado em 2006 pelo Internacional. Ele esteve no Pacaembu por conta própria para ver a vitória por 2 a 0 sobre o Boca Juniors, dia 4 de julho de 2012, na finalíssima da Copa Libertadores.
“Tenho simpatia há muito tempo pelo Corinthians, e quando fui ver a final da Libertadores no Pacaembu, entrando pelo meio da torcida, ali tudo começou. Foi maravilhoso. Ainda pensava no Milan, mas quando surgiu a oportunidade, conversei com meu empresário e falei que aquela era a hora de voltar ao futebol”, afirmou Pato, que também se disse emocionado com o número de corintianos que viajaram ao Japão para ver o título mundial, em dezembro desse ano.
“Há cinco anos atrás fiz a melhor escolha da carreira, o Milan havia acabado de ser campeão da Champions League. Agora o Corinthians é a melhor escolha. Chego no atual campeão mundial. Não me arrependo de nada que fiz. Consegui dois títulos lá, sou novo ainda. Agora quero conquistar a Libertadores, o paulista e ganhar todos os títulos pelo Corinthians.”
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