Ele é conhecido como Guerrero, mas já pode chamar de Paolo. Com menos de um ano de Brasil o camisa 9 corintiano fez o bastante para ser tratado com carinho pelo torcedor. Ele marcou simplesmente os dois gols da campanha do título mundial, inclusive o do título, contra o Chelsea.
Por enquanto, porém, o jogador parece se sentir mais querido na sua terra-natal, o Peru.
“Lá sempre me recebem com festa”, diz.
“Lá sempre me recebem com festa”, diz.
“Eu sinto que o Mundial foi um titulo importante, mas não sinto que sou ídolo. Tenho que seguir jogando, seguir dando satisfação para o clube. Depois talvez vire ídolo do Corinthians”, insiste o atacante.
Isso não quer dizer que Guerrero não esteja à vontade no Corinthians. Depois de dez anos na Alemanha, aonde atuou durante toda sua carreira profissional, ele reencontrou um pouco do seu país no Brasil.
“Gosto de sentir o humor, a mentalidade sul-americana. Eu sai muito novo para a Alemanha. Aqui gosto do clima, do sol, é quente. Da música e da comida também. Tem muita gente agradável. No time brinco com todos, tenho um bom contato com todos”, afirma o centroavante, que tem se soltado e até falado palavrões em português nas últimas entrevistas.
“Todo time brinca, o Fábio Santos faz muita merda. Eu gosto disso. Na hora de chegar no banco fazem uns joguinhos, isso para mim é novo. Na Europa não é assim. Me sinto em casa no Brasil.”
Um dos melhores amigos no grupo
Guerrero perdeu, o atacante Martinez. O argentino, um dos poucos atletas com quem o camisa 9 podia conversar em espanhol, preferiu voltar a Buenos Aires para ter mais oportunidades como titular - ele está praticamente acertado com o Boca Juniors.
Guerrero também foi especulado em equipes da Europa depois da performance no Mundial, mas ele garante que não sai. “Foi tudo especulação. Tenho contrato de três anos com o Corinthians e só penso no Corinthians.”
O atacante já se coloca à disposição inclusive para entrar em campo logo no início da temporada, o que parecia difícil depois do sacrifício feito por ele no Mundial. Mesmo com uma lesão em ligamento do joelho direito, Guerrero tomou infiltrações e disputou o torneio. Ele afirma que está recuperado.
O peruano pode não se achar ídolo, mas ele pode ter certeza que a torcida corintiana espera ansiosa pela chance de aplaudi-lo de pé no Pacaembu. Afinal, não é todo time que tem o privilégio de contar com um herói de título mundial.
No fundo o próprio Guerrero demonstra ter noção do tamanho do seu feito. “Claro, esse foi o gol mais importante da minha carreira”, diz o atleta.
Ele concorda até mesmo que uma ‘Guerreiromania’ pode se espalhar daqui em diante. “Já estive no Peru e muita gente tem meu cabelo por lá, muitos meninos têm meu corte. Não vai surpreender se isso acontecer aqui porque é uma fase que eu tive com o gol que fiz, e as crianças sempre querem imitar, ser como as pessoas que eles veem e gostam.”
Guerrero e a torcida corintiana podem estar mais próximos do que o atacante imagina. “Paolo é mais íntimo, para os torcedores é mais Guerrero. Mas se eles quiserem podem me chamar de Paolo.”
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