Apesar do acordo informal da DIS com o Vasco, de esperar até o meio do ano para negociar Dedé, a empresa e o Corinthians mantém conversas e farão uma nova proposta pelo zagueiro em breve. Desta vez, o clube paulista entrará na jogada com parte do montante.
Os dois apostam que o Gigante da Colina não receberá valor maior na janela de agosto. O jogador já manifestou o desejo de sair, a DIS tem preferência de vê-lo no Timão e a equipe de Tite quer tê-lo para a Libertadores.
O Vasco fala em dar um fim à novela Dedé. Na última sexta-feira, em coletiva de apresentação de Cristiano Koehler, novo CEO do clube, o mesmo tomou a palavra para falar do zagueiro. A primeira informação foi a confirmação da DIS, do Grupo Sonda, como nova detentora dos 45% dos direitos econômicos do zagueiro, substituindo a Liga Participações & Intermediações na última quinta.
A segunda foi revelar um novo acordo: a multa do zagueiro passou de 7 milhões de euros (R$ 19 milhões) para 10 milhões de euros (R$ 27,3 milhões).
A terceira, por fim, foi garantir que ele só sairá a partir de julho.
Nos bastidores, os envolvidos na negociação sempre esperaram que a venda de Dedé fosse fechada em 9 milhões de euros (R$ 24,5 milhões). A DIS, porém, ofereceu 7 milhões de euros à vista na reunião da última quarta-feira.
Qual seria o motivo? Com isso, a Liga, que era detentora de 45%, vendeu sua parte pelo equivalente, cerca de 3 milhões de euros (R$ 8 milhões).
Sem fazer nada, nem gastar um centavo, o Vasco "aumentou" o valor de seus 45% para 4,5 milhões de euros, já que a multa agora é de 10 milhões de euros.
Se, na teoria, ainda restam 6 milhões de euros a serem investidos, o Vasco, que tinha o mesmo percentual que a Liga, ainda pode acabar com o dobro do lucro na venda do jogador.
Como dobrar o Vasco na ideia de vendê-lo apenas no meio do ano e para a Europa?
DIS e Corinthians trabalham com valor superior aos 4,5 milhões de euros (R$ 12,3 milhões), que seriam referentes aos 45% atuais dos direitos do Vasco.
Já o clube carioca, ao procurar um comprador, teria de encontrar um clube grande do Velho Continente disposto a pagar, no mínimo, 10 milhões de euros (referentes ao 100% da multa) pelo zagueiro.
No caso de outro clube, que não o Corinthians, o interessado terá de desembolsar o valor total, pois a DIS vai alegar que quer recuperar o investimento.
E terá de ser clube grande da Europa porque Dedé, em ocasiões passadas, já rejeitou ofertas milionárias de Benfica (POR), Spartak (RUS) e Anzhi (RUS), dizendo que quer permanecer no Brasil.
Ele desdenhou de todas as propostas e deixou claro sua posição aos agentes e ao Vasco. Só mudaria de ideia se fosse um dos maiores clubes do mundo.
A pressão dele e dos empresários seguirá a favor do Timão. Dedé, porém, não vai se manifestar publicamente, em respeito à torcida do Vasco.
Ao presidente Roberto Dinamite, já avisou que gostaria de sair pois a proposta do Corinthians é o melhor para a sua carreira agora.
Apesar do Vasco dizer que tem a preferência de vendê-lo para a Europa, ele não tem o desejo de sair antes da Copa de 2014. Seus empresários ainda não desistiram do negócio e mantêm contato com representantes da DIS e do Timão. Os últimos acontecimentos não tiram a esperança das partes.
Como eram os direitos de Dedé e como ficaram
Investidor do Sul
Os direitos econômicos de Dedé eram divididos entre Vasco (45%), Liga Participações & Intermediações (45%) e Villa Rio (10%). A Liga, de Porto Alegre (RS), havia adquirido os direitos do zagueiro em agosto de 2011, por cerca de R$ 5 milhões. Uma cláusula dizia que, se houvesse uma proposta de 7 milhões de euros, o Vasco deveria aceitar ou pagar o valor referente aos 45% da Liga.
Entrada da DIS
O braço esportivo do Grupo Sonda, que tem relação antiga com o Corinthians, adquiriu os 45% da Liga. Antes, no entanto, havia feito uma proposta de 7 milhões de euros (R$ 19 milhões) à vista para ficar com os direitos do Vasco e da Liga, e então levar Dedé ao Timão. A empresa garante que não fará pressão, mas disse vai levar ao Vasco a melhor proposta pelo zagueiro.
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