terça-feira, 13 de novembro de 2012

O Lateral-esquerdo Fábio Santos deve ser titular da Seleção contra a Colômbia na quarta-feira

Perto de conquistar uma chance como titular na seleção brasileira principal pela primeira vez, o lateral do Corinthians está no auge. Mas quer coroar esse momento sendo um dos personagens do álbum de figurinhas da Copa do Mundo de 2014. 

- Seria bacana demais poder ver meus filhos (Eduarda, de quatro anos, e Leonardo, de um) colecionando figurinhas minhas da Copa do Mundo. Vai ser uma felicidade incrível se isso acontecer. Hoje em dia eles já vibram com a minha presença no álbum do Brasileirão, imagina no da Copa - disse Fábio Santos.

Com os pés no chão e sem se empolgar, Fábio Santos está cada vez mais envolvido pelo sonho de disputar um Mundial. Convocado recentemente para o Superclássico das Américas, contra a Argentina, em Goiânia, apenas com a presença de jogadores "caseiros", o lateral-esquerdo já vê o caminho aberto para 2014. Ele foi titular nessa partida, mas sabe que a chance que se aproxima é mais especial.

- A responsabilidade de vestir a camisa da Seleção é a mesma no Superclássico ou em um jogo com o time principal, mas a ansiedade existe, claro - acrescentou.

Fábio Santos chegou ao Corinthians em 2010 para ser reserva do Roberto Carlos e dois meses depois estava como titular. Este ano foi convocado para o Superclássico, jogou contra a Argentina e foi chamado para a Seleção principal após a fratura de Marcelo no pé direito. Para completar, deve ser titular contra a Colômbia, já que Adriano também foi cortado. Como vê esse bom momento em sua carreira?

Estou bem feliz com a minha fase, mas sem me empolgar muito. Tenho consciência do que posso fazer e estou me preparando para a Copa do Mundo, competição que tanto sonho. Tenho de estar pronto para aproveitar. Enquanto isso, eu vou curtindo cada jogo e procurando o meu espaço.

A convocação para o Superclássico das Américas já deve ter sido uma alegria enorme para você. Como reagiu ao chamado para a seleção principal?

- O Corinthians tem hoje toda a estrutura que preciso para ter visibilidade, reconhecimento e sonhar com a Seleção. O Superclássico, claro, me abriu uma perspectiva boa, principalmente porque o Mano pôde me observar mais. Vejo atualmente o Marcelo como principal jogador da posição, mas para mim a reserva está em aberto. Eu tinha expectativa, sim, de ser chamado para o time principal.
Se a Copa do Mundo fosse agora, você estaria preparado?

- Tudo tem de ter o momento certo para acontecer. Mas é importante estar pronto para não ser surpreendido. Desde a campanha que fiz com o Grêmio em 2009 eu tenho tido uma regularidade boa. Eu tenho de estar preparado para aproveitar as minhas chances. É algo de sorte, de competência...

Você citou que desde o Grêmio vem fazendo boas campanhas. Mas você veio ter mais chances na carreira depois que se destacou no Corinthians...

- A diferença do Corinthians para as outras equipes é muito grande. No São Paulo, eu era muito jovem e não consegui aproveitar as chances que tive. No Grêmio, mesmo com sua grandeza, a visibilidade não tem comparação. Acho também que o fato de Mano ter trabalhado no Corinthians também me ajuda. Ele sabe como é difícil conquistar espaço no time. E isso te credencia.

Qual a sua projeção em relação à seleção brasileira?

- Minha experiência de Seleção ainda é curta. Não dá para dizer. Tenho muitos títulos (duas Libertadores, um Paulista, um Mundial de Clubes, um Gaúcho e um Brasileirão), jogos importantes... Não sei dizer. Hoje me sinto preparado, confiante, bem fisicamente, maduro, em uma caminhada boa. Mas como disse, o Marcelo é titular, é o principal da posição e eu estou querendo cavar o meu espaço.

Dá para dizer, pelo menos, que o sonho da Copa do Mundo ficou mais próximo nos últimos tempos? Onde você imagina estar em 12 de junho de 2014?

- Meu sonho nesse dia é poder estar com a seleção brasileira, estreando na Copa do Mundo. Ainda mais no Brasil. Seria especial demais. Esse é um desejo que ficou mais claro nos últimos anos. Mas sigo sem criar muita expectativa.

Quais são as suas principais lembranças em relação à Copa do Mundo?

- Acompanhei bem as Copas de 1994 e 2002. E nas duas o Brasil foi campeão. Na de 94 eu tinha apenas nove anos. Minha mãe sempre me disse que desde sempre eu era alucinado por futebol. Sempre colecionei os álbuns de figurinhas e vivia jogando bola.

Já pensou em 2014 se você for um dos personagens do álbum da Copa?

- Seria bacana demais poder ver meus filhos (Eduarda, de quatro anos, e Leonardo, de um) colecionando figurinhas minhas da Copa do Mundo. Vai ser uma felicidade incrível se isso acontecer. Hoje em dia eles já vibram com a minha presença no álbum do Brasileirão, imagina no da Copa.
No Corinthians, você chegou para ser reserva do Roberto Carlos. Ele sempre foi seu ídolo ou teve outra referência? Que conselho pediria a ele?

- Sempre foi o Roberto Carlos. Durante um longo período ele foi a minha referência, o meu espelho. Acredito que se eu pudesse falar com ele, teria uma dica de posicionamento, sobre como é jogar na Seleção, contra jogadores consagrados do outro lado. É um cara que sempre escutei e procurei seguir.

As coisas estão dando muito certo na sua carreira. Titular do Corinthians, campeão da Libertadores, convocação para Seleção... Você acredita em sorte?

- Eu já passei por muitos momentos complicados na carreira para pensar assim. Sempre corri atrás do reconhecimento e as coisas não aconteciam. A imprensa, por exemplo, nunca acreditou em mim. Gostaria de ter estourado mais cedo, mas não deu. De qualquer maneira, isso tudo fez bem para o meu amadurecimento. Eu soube tirar proveito dos momentos difíceis e hoje, com 27 anos, estou no meu melhor momento.

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