sábado, 24 de novembro de 2012

O Corinthians trabalha com a possibilidade de ter outras fontes de renda no contrato de patrocínio com a Caixa Econômica Federal.

O Corinthians trabalha com a possibilidade de ter outras fontes de renda no contrato de patrocínio com a Caixa Econômica Federal além dos R$ 31 milhões que serão pagos ao clube pela exposição da marca do banco na camisa de jogo em 2013 - o acordo deve ser renovado em 2014 com acréscimo de inflação.

Cartões de crédito, vendas de ingressos em lotéricas e um cartão pré-pago combinado com o Fiel Torcedor, programa de venda de entradas antecipadas do Corinthians, são algumas das iniciativas que serão estudadas em reunião entre o Alvinegro e a Caixa na semana que vem.
“A partir do momento que o time tem tantos torcedores a ideia é ter uma marca compartilhada em todas possibilidades que existam. Compra de ingressos em lotéricas, por exemplo. Outra possibilidade é o próprio cartão de crédito. A cada compra que o torcedor faz, com taxa de juros apropriada, uma parte vai para o Corinthians”, detalhou o vice-presidente de atendimento, distribuição e negócios da Caixa, José Henrique Marques da Cruz, em entrevista a espn.
O vice-presidente do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, se mostra particularmente otimista com a ideia de transformar o Fiel Torcedor em um cartão para uso além dos estádios.

“Um projeto para nós crucial é o do cartão de crédito pré-pago. É a cara da nossa torcida, é um produto ainda nascente no mercado brasileiro e a gente acha que tem uma importância muito grande na proliferação do não-dinheiro, do dinheiro pago. A Caixa vai entrar com a gente nisso com muito empenho. E o Corinthians vai ganhar. É um patrocinador que vai gerar um montante de receita adicional nas ativações como nunca existiu na nossa história. Estamos falando de dinheiro, estamos falando em preparar a venda de ingressos quando nosso estádio ficar pronto. É um passo de modernização do Corinthians muito importante”, declarou Rosenberg durante o evento de anuncio do acordo com a Caixa, nessa terça-feira.

“Funciona como uma carteira eletrônica. Você carrega o chip e com ele gera a condição de compra de ingressos passando o cartão”, explica José Henrique. 

O dirigente corintiano prevê que o clube possa arrecadar cerca de R$ 10 milhões nos próximos dois anos em iniciativas conjuntas com a Caixa. Estimativa considerada otimista demais por pessoas dentro do Corinthians, mas não por José Henrique. 

“Acho essa projeção vai se constituir a partir do momento em que fecharmos todas as possibilidades. Esse número - R$ 10 mi - pode ser muito ou pouco. Mas com certeza 1 milhão de cartões, que é o valor mínimo que imaginamos, vão gerar R$ 10 milhões.”

O dirigente da Caixa desmente a informação de que futuramente o torcedor do Corinthians tenha que abrir uma conta no banco para participar do Fiel Torcedor. “Não tem como alegar isso – que o sócio torcedor terá que se tornar cliente da Caixa -, até porque nosso pensamento é o contrário, é fazer com que o torcedor veja vantagens e veja possibilidades de participar disso de forma voluntariosa. Sendo cliente da Caixa o torcedor vai receber alguns benefícios.”

Japão 

Um dos fatores que contribuíram para que a Caixa patrocinasse o Corinthians é o fato de a empresa passar por um período de internacionalização, e a empresa começará a divulgar sua marca no exterior através da camisa do time paulista e de outras ações durante o Mundial de clubes, em dezembro no Japão. A Caixa já possui um escritório no país asiático, o que facilitará essas iniciativas.

A respeito do Mundial, José Henrique revelou que o valor pago ao Corinthians até o final de 2012, inferior em relação aos números do ano que vem - serão R$ 1 milhão agora e R$ 2,5 milhões de janeiro a dezembro de 2013 - é fruto de dificuldades orçamentárias do banco. “Foi mais uma questão na negociação. Estávamos finalizando o exercício desse ano e nesse período o orçamento está muito comprometido.” 

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