Mário Gobbi está há quatro meses no comando do Corinthians, mas já mostra um estilo bem peculiar de governo marcado pela linha dura. O mandatário é contra a gastança desenfreada e não titubeia ao peitar jogadores e até aliados políticos.
Uma das principais características de seu governo é a ‘mão fechada’. É contra propostas extravagantes como seu antecessor Andrés Sanchez fez pelos argentinos Carlitos Tevez e Montillo, que envolviam valores superiores a 8 milhões de euros.
O atual comandante tenta enxugar despesas e um dos melhores exemplos é Vitor Júnior. O meia recebia um salário considerado alto e irritava a diretoria por gostar de baladas. Dessa forma, o mandatário o liberou assim que recebeu uma oferta do Botafogo e comemorou o alívio na folha de pagamentos.
A filosofia é a mesma para as contratações. A preferência é por apostas e nomes menos badalados como Adilson, Guilherme e Romarinho que chegaram a baixo custo e salários modestos.
Gobbi mostra que também é linha dura na relação com os jogadores, o que ficou marcado no caso Adriano. Agiu de forma radical diante dos casos de indisciplina do Imperador, que incluíam baladas, desavenças com Tite e faltas a sessões de fisioterapia.
O presidente contrariou o aliado Andrés ao demitir o atacante por justa causa sem nem conversar com o jogador. O atleta foi avisado por seu empresário.
Querido pela diretoria por sua conduta séria, Liedson também já sente as dificuldades. Apesar da insatisfação do jogador, a diretoria só quer negociar sua renovação de contrato após a disputa da Libertadores e deixou as portas abertas para sua saída do clube.
“O momento não é de falar de reforma de contrato. É de focar no trabalho, passar para a semifinal e ganhar pontos no Brasileiro porque até agora só fizemos um ponto e isso nos preocupa”, disse, em coletiva na sexta-feira.
Os políticos do Parque São Jorge também já sentem os efeitos do novo comando. Gobbi restringiu o acesso de conselheiros à sala da presidência e provocou muita reclamação.
Na época de Alberto Dualib e também de Andrés, alguns grupos de conselheiros tinham passagem livre. O atual presidente desagradou até aliados políticos que não foram agraciados com cargos em sua atual gestão.
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