A relação entre Tite e Luiz Felipe Scolari foi intensa nos últimos dois anos. Antigos amigos, os treinadores travaram discussões em clássicos envolvendo Corinthians e Palmeiras. Porém, no dia seguinte à demissão do pentacampeão no Alviverde, o comandante alvinegro minimizou os recentes atritos.
“Tenho uma gratidão muito grande por ele, foram casos de cada um defendendo seu clube. Quando entro ali no campo, luto pelo meu, dentro do limite da ética e da coerência”, afirmou.
O clima esquentou entre os dois durante o Paulistão do ano passado. Logo depois da eliminação do Corinthians para o Tolima, na pré-Libertadores, Tite estava pressionado no cargo e Felipão afirmou que, se pudesse, perderia o jogo para salvar o emprego do então amigo. Porém, o corintiano não gostou da declaração e rebateu.
Já na semifinal daquele Estadual, o reencontro foi marcado por uma forte discussão entre ambos na beira do campo, com Tite gritando “fala muito” em direção ao palmeirense. A dupla só voltou a ter uma relação amistosa na última rodada do Brasileirão de 2011, quando o corintiano teve a iniciativa de abraçar o adversário.
“Eu e o Felipe conversamos só nos jogos em que nos enfrentamos desde que cheguei aqui”, justificou. A relação de amizade da dupla surgiu ainda no início da carreira de ambos, pois Felipão foi professor do corintiano. Agora, com contatos apenas cordiais, Tite evita fazer julgamentos sobre a saída do rival.
“Estamos na antevéspera de um clássico de tamanha importância que qualquer silêncio ou gesto pode ser interpretado de forma errada. Tenho muito respeito pelo Palmeiras e pelo Felipão. Não quero fazer julgamento, tenho a grandeza do Corinthians para trabalhar e uma carreira para zelar. Quem me conhece sabe que estou sendo sincero. Os dirigentes do Palmeiras que trabalharam comigo sabem”, concluiu.
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