quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O corinthiano, torcedor e goleiro Júlio César, revelou que foi perseguido e ameaçado por torcedores radicais.

Julio Cesar participou na noite desta terça-feira de uma palestra que contou com membros da comissão técnica do Corinthians, no Hospital 9 de Julho, em São Paulo. Junto do auxiliar técnico Cleber Xavier, do preparador físico Fábio Mahseredjian, do fisioterapeuta Bruno Mazziotti e do médico Ricardo Galotti, falou sobre a preparação da equipe para o título da Copa Libertadores, conquistado em julho.

Reserva de Cássio desde as falhas contra a Ponte Preta, ainda nas quartas de finais do Paulistão, quando perdeu a vaga de titular e viu o seu substituto brilhar na fase de mata-mata da Libertadores, o camisa 1 do Timão foi perguntado por uma torcedora sobre o que sentiu ao sair do time. Sincero, admitiu o sofrimento:

- O momento que sai foi muito difícil para mim e para o clube, porque perdemos para uma equipe que é boa, mas que não é grande. Todos esperavam que vencêssemos. Me apego na minha família. Tenho pessoas ao meu lado que choram comigo ou dão risada comigo a todo momento - comentou.

Segundo o goleiro, diante da expectativa dos torcedores pela conquista do título inédito da Libertadores - que seria confirmado meses depois -, alguns mais radicais e exaltados tentaram intimidá-lo nos arredores de seu prédio após os erros:
- Poucas pessoas sabem, mas tive gente na porta do meu condomínio esperando que meu carro chegasse para me ofender ou até me agredir. Foi muito difícil, mas o que penso disso tudo é que você (atleta) é preparado desde garoto para esse tipo de situação. Cheguei ao clube aos 15 anos e já ganhei muitos títulos, mas já perdi muitos outros. Não é um erro que joga tudo por água abaixo. O mundo do futebol gira muito e ter a família ao seu lado faz a diferença - disse.

Família que vai crescer em breve. Isso porque a esposa do goleiro, Simone, está grávida de gêmeos. Durante o evento, aliás, Julio revelou que tem passado dias difíceis, já que a mulher vem sofrendo contrações que não são compatíveis com os seis meses e meio de gestação.

- Vivo um momento um pouco delicado já que minha esposa está grávida de gêmeos e há 20 dias está internada porque estava com muitas contrações. Temos de segurar esses pequenos aí por mais um mês e meio, pelo menos, para que venham. Estou me revezando entre treinos e hospital, durmo lá todos os dias porque sei e reconheço que ela precisa do meu apoio nesse momento. Mas sei também que preciso seguir com a cabeça 100% voltada ao trabalho quando estiver no campo. E o nosso ambiente de trabalho propicia isso, nosso ciclo de amizades me ajuda a separar os problemas pessoais, que se eu levar para campo vão me atrapalhar - finalizou.

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