sexta-feira, 29 de junho de 2012

Tite admite que Timão esteve abaixo do esperado contra o Boca e acredita que decisão em São Paulo será difícil

Mesmo com o empate por 1 a 1, na Bombonera, em Buenos Aires, o técnico Tite não acredita que o Corinthians esteja em vantagem sobre o Boca Juniors na decisão da Taça Libertadores. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, no hotel em que a delegação está concentrada na Argentina, o treinador previu mais um duelo igual, na próxima quarta-feira, às 21h50m, no Pacaembu. Desta vez, porém, com mais ajuda da Fiel.

- Está aberto. São duas grandes equipes, maduras e que podem se enfrentar perfeitamente na Bombonera ou no Pacaembu. São jogadores experientes, com qualidade técnica, a bola não queima nos pés. O que tem a nosso favor é esse aspecto emocional envolvido. Nós tivemos aqui contra o Boca. Lá (em São Paulo), teremos o torcedor corintiano - disse.

Com a mudança no regulamento para as finais, o Timão não tem vantagem por ter marcado um gol fora de casa. Assim, caso as equipes empatem novamente, por qualquer placar, a decisão vai para a prorrogação. Persistindo a igualdade, pênaltis.

Para o segundo duelo, Tite quer uma melhor atuação do Corinthians. O treinador reconheceu que a equipe teve dificuldades para escapar da marcação do Boca. Além disso, destacou o excessivo número de erros de passes como um dos culpados pela exibição sem brilho.

- O primeiro tempo foi bastante amarrado. Não conseguimos sair da marcação. O que eu exijo é que, se não estamos criando, não podemos deixar (o adversário) criar. (No primeiro tempo) neutralizamos o lado esquerdo com o Riquelme. No segundo, o Boca se adiantou mais e passou a fazer o pivô com o Santiago Silva – explicou.

A solução encontrada pelo treinador foi mexer no setor ofensivo. Além das entradas de Romarinho e Liedson, o técnico passou a alternar o posicionamento dos homens de frente, o que deu mais força ao Timão a partir dos 30 minutos do segundo tempo.

- Só consegui quando mexi no posicionamento do Alex, Danilo, Emerson e Liedson. Para o segundo jogo, temos de marcar igual ao primeiro tempo e criar como nos 15 minutos finais do segundo.

Ex-presidente do Timão, Elias e também o cantor Thiaguinho estiveram na Labombonera.

Ex-presidente do Timão e atual diretor de seleções da CBF, Andrés Sanchez reforçou a Fiel na Bombonera durante o duelo entre Boca Juniors e Corinthians. Ao lado do filho, o dirigente foi um dos 2.500 torcedores corintianos que vibraram na arquibancada visitante com o gol de empate do atacante Romarinho




O cantor Thiaguinho e o ex-corintiano Elias, hoje no Sporting (POR), acompanharam o empate do Corinthians com o Boca Juniors (ARG) na Bombonera. Felizes com o resultado, eles divulgaram uma foto nas redes sociais

O time de operários do Corinthians ganhou uma estrela.

O time de operários do Corinthians ganhou uma estrela em potencial. Romarinho, autor do gol salvador no empate por 1 a 1 contra o Boca Juniors, na Bombonera, na primeira partida da decisão da Taça Libertadores, viveu uma quinta-feira de astro ainda na Argentina. Como esperado, o garoto de 21 anos foi o jogador mais assediado durante o dia e no voo que trouxe a delegação de volta a São Paulo.

A busca por uma recordação do herói da partida que deixou o Timão a uma vitória do inédito título começou ainda no hotel em que o grupo ficou concentrado, no centro de Buenos Aires. Corintianos que permaneceram na cidade foram até o local para celebrar o triunfo e encontrar o novo xodó.

No aeroporto, mais fotos e autógrafos com os alvinegros que também embarcavam. Assim que os atletas desceram do ônibus, um grupo foi até o encontro do atacante e o abraçou para festejar mais um pouco. Tímido, ele mostrou que ainda está se adaptando com a vida de famoso.
– Eu não esperava por todo esse carinho, não! – disse Romarinho, sendo puxado por seguranças do clube.

O assédio continuou já perto do embarque. Enquanto os jogadores mais experientes foram às compras no free shop, o atacante apenas passeou em meio aos produtos eletrônicos e logo parou com outro grupo de jogadores que aguardava a liberação da entrada do avião. Por ordem da diretoria, ele não concedeu entrevistas.

O esperado sossego dentro da aeronave não aconteceu. Membros da tripulação e outros passageiros saíram à caça dele para mais fotografias. Com os companheiros por perto, ele não escapou das brincadeiras.
– Faz cara de mau aí, Romarinho – gritaram alguns atletas enquanto o atacante atendida o pedido de uma fã para uma foto.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Jogadores do Corinthians esfria ânimos e convoca torcida para partida de vola no Pacaembu.

O Corinthians saiu de campo na Argentina com um empate por 1 a 1 com gostinho de vitória contra o Boca Juniors. O time brasileiro saiu atrás no placar, mas conseguiu buscar a igualdade aos 40 minutos da etapa, quando a torcida argentina já comemorava a vitória. Mesmo assim, a empolgação não tomou conta do elenco, e os jogadores deixaram o gramado esfriando os ânimos.

“São duas grandes equipes. Nós não podemos dar espaços para eles no Pacaembu. É uma equipe muito experiente. É difícil manter o mesmo ritmo, mas temos que ser intensos e marcar bem o Boca para conseguir fazer o gol o mais rápido possível”, analisou Paulinho. “Agora são mais 90 minutos, mais um jogo difícil, outra batalha e outra guerra. Agora é voltar bem, descansar e treinar, se preparar para a decisão”, completou Ralf.

O discurso foi de muito respeito pelo Boca Juniors. Boa parte dos jogadores que passou pelos microfones dos jornalistas tinha na ponta da língua a campanha invicta dos argentinos em partidas fora de casa. “É um time muito perigoso, a gente sabe que eles jogam muito bem fora de casa. A gente vai se programar bem para fazer bonito dentro de campo”, disse Alex.

Emerson Sheik - " Pressão aqui é Favela"

Só quem já enfrentou a La Bombonera lotada em uma partida decisiva sabe o que é a pressão do estádio do Boca Juniors. Estreante em finais de Libertadores, o Corinthians se mostrou maduro mesmo com quase 50 mil torcedores contra e arrancou o empate por 1 a 1 diante do time argentino, aos 40 minutos do segundo tempo, com gol de Romarinho (Roncaglia marcou para o Boca).

De forma sincera, como de costume, o atacante Emerson Sheik ignorou a força da pressão dos fanáticos argentinos vinda das arquibancadas. De forma irônica, o autor da assistência para o gol corintiano minimizou a influência da torcida adversária na partida e deu de ombros para a pressão.

- Sou de Nova Iguaçu, sou carioca, sou favelado e com todo respeito ao Boca, a sua torcida eu não iria pipocar em La Bombonera – disparou o corintiano. 

Decisivo nas semifinais contra o Santos, quando fez o gol da vitória por 1 a 0 na Vila Belmiro, no jogo de ida, o camisa 11 do Timão voltou a fazer a diferença para o Corinthians.

Para conquistar a inédita Libertadores, o Timão agora precisa de uma vitória simples no Pacaembu, na próxima quarta-feira, às 21h50m, na finalíssima. Em caso de empate por qualquer placar, a partida vai para a prorrogação. Persistindo a igualdade, o título da competição continental será decidido nos pênaltis.

Kia Joorabchian, foi a Argentina para torce para o Corinthians.


O iraniano Kia Joorabchian, presidente da MSI, parceira do clube entre o fim de 2004 e meados de 2006, ano anterior ao rebaixamento do clube no Campeonato Brasileiro, disse que viajou de Londres a Buenos Aires só para ver o primeiro jogo da final da Copa Santander Libertadores. E que voltaria para o país onde fixou residência já nesta quinta-feira.


Morando na Inglaterra, ele deu entrevista à reportagem do lance, minutos antes de o jogo começar, e afirmou que fez a maratona para ver o Corinthians, enfim, campeão da Libertadores.


– Tem de ser campeão, finalmente, não? A torcida merece! – afirmou, com discurso de quem quer agradar.


Ainda agente de Carlitos Tevez, do Manchester City (ING), Kia estava acompanhado do assessor e porta-voz do atacante, Adrian Ruocco. O argentino Ruocco não quis falar. Fez cara feia e desapareceu, quando a reportagem fez a primeira pergunta para Kia.


– Ele não gosta – disse o iraniano, sobre a pessoa que deveria falar por Tevez a imprensa.

Mas Kia queria falar, tanto que apareceu no setor de imprensa. Talvez não exatamente sobre negócios com o Corinthians. Porque, depois que a parceria, que deveria durar dez anos, foi interrompida sob acusações do Ministério Público Federal de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, entre outras, o agente foi embora do Brasil e só apareceu em eventos e jogos esporádicos na Europa. Vez ou outra, circula a informação de que ele participou diretamente de negociação de jogador brasileiro para algum clube europeu ou de lá para algum clube brasileiro. 

Kia ri quando é questionado sobre as acusações que lhe foram feitas na Justiça brasileira. Diz que nunca teve problema no país. Mas continua evitando visitar o Brasil. Tanto que não pretende ir a São Paulo para o segundo jogo da final, apesar de ter feito uma viagem relâmpago da Europa à Argentina para ver o primeiro.

Reportagem: Está dividido, Kia?
Porque dividido, sou Corinthians nesta final.

Reportagem: Por causa de Tevez, ele é Boca, não?
Tevez pode ser Boca ou pode estar dividido, mas eu não, sou Corinthians, não tem divisão. 

Reportagem: E onde ele está? No camarote?
Não, está de férias, viajando.

Reportagem: É? Não veio ver o Boca na final da Libertadores? 
Não, quis viajar.

Reportagem: E você, vai a São Paulo para ver o segundo jogo? 
Eu quero muito, mas tenho um compromisso na Europa... Não sei se vou conseguir.

Reportagem: Mas há algum receio de ir ao Brasil?
Nunca tive problemas no Brasil. Mas faço negócios na Europa, agora.

Reportagem: Está morando na Inglaterra... ?
Sim, em Londres.

Reportagem: Você é um dos grandes agentes do futebol mundial. Tem mantido contato com amigos ou dirigentes brasileiros?
Não, não mais. 

Reportagem: Nem quando Tevez pede para voltar para a América do Sul? 
Não, ele está bem.

Reportagem: Algum jogador desta final tem mercado na Europa? Paulinho, por exemplo? 
Paulinho? (Risos) Quero só falar que o Corinthians vai ganhar hoje. Tem de ser campeão!

Kia pede licença, pega o celular no bolso, sorri e se despede...

– Desculpe, vamos ver o jogo. Tchau!
Fonte:

Chicão dedica empate ao seu falecido avô

Estreante em La Bombonera e abalado por um drama familiar, o zagueiro Chicão tinha tudo para sofrer com a pressão da torcida argentina e dos próprios jogadores do Boca Juniors nesta quarta-feira. Mesmo com todas as adversidades, os problemas exteriores não influenciaram em sua atuação. Foram esquecidos ao término do empate que o Corinthians conquistou na Argentina.

Com uma apresentação segura ao lado dos seus companheiros de clube, Chicão pôde comemorar o resultado obtido e aproveitou para alfinetar aqueles que não acreditavam na equipe. Satisfeito com o seu rendimento em campo, o atleta elogiou a forma como os atletas corintianos souberam administrar as críticas e destacou a maturidade obtida pelo elenco nesta temporada.

“Algumas pessoas ainda falavam que a gente podia tomar uma goleada, porque muito não tinham jogado aqui. Eu nunca tinha jogado aqui e isso não influenciou. Temos tudo para conquistar este título, mas respeitando sempre o Boca Juniors, que é uma equipe diferente”, analisou o zagueiro.

Sem a faixa de capitão que usou durante muito tempo no Corinthians, Chicão soube reconhecer o momento ruim que vivia quando o técnico Ttite o afastou do time principal e agradeceu pelo apoio recebido nos momentos de dificuldade. Além disso, o defensor procurou dedicar o empate desta quarta-feira ao seu avô, que faleceu nesta segunda-feira, enquanto o atleta viajava para Buenos Aires.

“O Tite sabe conduzir o grupo. Naquele momento, ele percebeu que eu não estava bem e nós temos que respeitar a opinião do treinador. Eu deixei claro que ia trabalhar para recuperar meu espaço quando eu tivesse a oportunidade. Falei que nunca ia abandonar esse grupo e hoje eu dedico esse resultado ao meu avô, que me ajudou muito quando eu precisei”, finalizou o jogador.

Para Emerson arbitragem não foi bem na decisão

Riquelme "apitou" o empate por 1 a 1 entre Boca Juniors e Corinthians, em La Bombonera, pela primeira final da Libertadores, reclamando bastante com o árbitro chileno Enrique Osses durante boa parte do jogo. A postura do ídolo argentino até lhe rendeu um cartão amarelo, em função das seguidas reclamações. Após o apito final, o camisa 10 do Boca disse que a arbitragem não foi bem na decisão. A declaração do "maestro" dos xeneizes e a atitude de Riquelme em campo geraram dura resposta do atacante Emerson Sheik.

Sincero e conhecido pelas palavras fortes, o jogador do Timão ironizou Riquelme pelas palavras e respondeu o meia argentino sem medir as frases.

- Ele (árbitro) errou para os dois lados e não influenciou no resultado. Quem vive de boca e fala muito é cantor. Eu vivo e jogo com meus pés. (Riquelme) é um craque, mas precisa jogar. Deixa o cara apitar. Agora, vai ter o jogo de volta. Não terá cobrança. Vamos jogar e deixá-lo trabalhar - disparou Sheik.

Árbitro dá cartão a Riquelme e se 'salva'
Com a bola rolando, o camisa 11 do Corinthians deu bela assistência para o gol de Romarinho, o de empate do Timão. Esta, aliás, não é a primeira vez que o jogador decide no mata-mata da Libertadores. Contra o Santos, na partida de ida das semifinais da competição continental, Sheik fez o gol da vitória por 1 a 0 na Vila Belmiro.

- Fico extremamente feliz, porque posso ajudar ainda. Isso me deixa feliz e motivado a continuar trabalhando - completa o jogador.
Após o empate em La Bombonera, o Timão precisa de uma viória simples no Pacaembu, na próxima quarta-feira, às 21h50m, para conquistar a inédita Libertadores. Em caso de empate por qualquer placar, a partida vai para a prorrogação. Persistindo a igualdade, o título da competição continental será decidido nos pênaltis.

Leandro Castãm - “A gente conheceu a Bombonera e agora eles vão conhecer o Pacaembu"

O zagueiro Leandro Castán certamente era um dos jogadores mais eufóricos após o empate do Corinthians com o Boca Juniors na noite desta quarta-feira, na Argentina. Satisfeito com o resultado, o jogador falou sobre a pressão exercida pela torcida adversária dentro da temida Bombonera. 

Sorridente o zagueiro afirmou que atuar no estádio do time argentino não é assustador. “Tranquilo. Eu gosto de jogar assim. Tenho comigo o lema de que a torcida não pode tirar a bola do meu pé”, disse Castán.

Agora o defensor corintiano já começou a projetar a partida de volta, que acontece na próxima quarta-feira, no Pacaembu. De acordo com Castán, será a vez de o Boca sofrer com a pressão da torcida corintiana. 

“A gente conheceu a Bombonera e agora eles vão conhecer o Pacaembu, vão conhecer nossa torcida. Tenho certeza que vai ser uma festa muito bonita”, comentou. 

Com a oportunidade de decidir em casa, Castán afirma que o momento é de ter tranquilidade e se apoiar na atmosfera que será criada pela torcida corintiana. 

“Estamos dentro de casa, conhecemos casda burado do gramado. Uma vitória simples nos dá o título. O que eu sei é que o Pacaembu vai estar bonito, cheio. A gente precisa tocar um pouco mais a bola, sem errar muito passe. Quando a gente fez isso a gente conseguiu o gol. Temos que ter mais tranquilidade”, disse. 

Invicto na competição, o Corinthians precisa de uma vitória simples para se tornar pela primeira vez campeão da Libertadores. Ciente da importância da partida, o zagueiro acredita que é o momento de entrar para a história do clube. 

“É o momento de entrar para a história em uma equipe como o Corinthians e eu quero fazer isso com essa equipe”, finalizou. 

Alex afirmou que o Timão está no caminho certo para conquistar a América do Sul pela primeira vez em sua centenária história.

O empate suado com o Boca Juniors, na primeira partida da final da Taça Libertadores da América, teve gosto de vitória para o Corinthians. E cheiro de título. Após a partida, o meia Alex afirmou que o Timão está no caminho certo para conquistar a América do Sul pela primeira vez em sua centenária história.

- Se não fizermos isso para confirmarmos (esse sentimento de campeão), a gente vai ficar chorando muito as mágoas de ter deixado, na hora H, alguma coisa faltar. A gente tem tudo para ser campeão. O momento é esse e não vamos deixar passar! – disse o meia.

Não há nada definido. Está tudo igual. O empate por 1 a 1 na Argentina não dá vantagem alguma. Afinal, na decisão, não vale o critério do gol como visitante. Portanto, nova igualdade leva a “briga” para prorrogação seguida de pênaltis. Assim, então, o Corinthians precisa vencer no Pacaembu, na próxima quarta-feira.

- Temos de fazer nosso dever de casa. Está perto, mas nada está definido. Temos de tomar cuidado para não sermos surpreendidos no Pacaembu – falou Liedson.

A delegação alvinegra retorna ao Brasil no final da tarde desta quinta-feira. Na sexta-feira, o grupo inicia a preparação para o jogo decisivo com o Boca Juniors.

Romarinho recebe elogios dos companheiros.

Romarinho voltou a brilhar com a camisa alvinegra nesta quarta-feira. Depois de dar a vitória ao Corinthians no clássico contra o Palmeiras, o atacante ganhou um espaço no banco de reservas para a primeira partida da decisão da Libertadores, entrou em campo aos 38 minutos do segundo tempo e justificou toda a confiança que recebeu de Tite. Em um dos primeiros toques na bola, recebeu na frente do goleiro, mostrou muita frieza e fez o gol que garantiu o empate para o Corinthians em plena Bombonera.

Com não podia deixar de ser, Romarinho deixou o campo com uma chuva de elogios. “É impressionante, parece que chegou no momento certo. Sobrou uma bola lá na frente para fazer o gol, e ele fez com uma frieza tremenda”, disse Alex. “É uma excelente pessoa, tem um talento enorme e está com a estrela. É jogar no moleque que ele está com estrela”, completou Liedson.

Revelação do Campeonato Paulista defendendo as cores do Bragantino, Romarinho chegou ao Corinthians no começo de junho e aproveitou as vagas abertas deixadas pelos lesionados Paulo André e Edenílson para ser inscrito na Libertadores. Na estreia como titular, um show: dois gols e a vitória de virada por 2 a 1 contra o arquirrival Palmeiras, no último domingo. A atuação o fez desbancar William do banco de reservas nesta quarta-feira.

O discurso de Romarinho, porém, se mostrou mais humilde na saída de campo. Questionado por um repórter sobre quem era, se apresentou: “Sou o Romarinho, né? Graças a Deus meu futebol brilhou hoje e eu pude dar essa alegria para a torcida do Corinthians. Fiquei muito feliz de sair do banco e ajudar nossos companheiros, vamos levar essa decisão. Vai ser emocionante.”

Com o empate arrancado na Argentina, o Corinthians joga por uma vitória simples na próxima quarta-feira para levantar o inédito título da Libertadores. A grande decisão acontecerá no Pacaembu e não terá os gols marcados fora de casa como critério de desempate.

Resta saber agora se Romarinho terá mais uma chance de entrar em campo. 

"Não esperava por isso que aconteceu hoje, fiquei muito feliz. Saí do banco e minha estrela brilhou hoje. Agora, se eu vou entrar ou não, isso depende dele. A equipe está bem e eu estou feliz. Vamos continuar trabalhando e buscar esse título em São Paulo”, destacou o 'herói' corintiano.

Jorge Henrique vira dúvida para finalíssima no Pacaembu.

Jorge Henrique não teve sorte no primeiro jogo entre Corinthians e Boca Juniors pela final da Taça Libertadores da América. Ainda no primeiro tempo, o atacante se lesionou sozinho e teve de ser substituído por Liedson aos 39 minutos. Jorge sentiu uma fisgada na coxa direita e teve que sair.

– Acabei me machucando. Agora é ficar de fora do campo torcendo para que tudo dê certo. Vamos tratar esta lesão para ver se dá para disputar a partida de volta – disse Jorge Henrique, que se lesionou sozinho, na saída para o intervalo.

O atacante, que tem três gols na Libertadores, acertou 14 passes e errou apenas um. Ele ainda ergueu uma bola para a área, fez uma jogada pela lateral e sofreu uma falta. Até sair, Jorge era o jogador do Corinthians com mais passes certos na partida.

– Não deixei agravar a lesão depois que senti a fisgada. Tentei um pouquinho, mas não deu. Quero entrar inteiro no próximo jogo. É torcer por um bom resultado para resolver lá em casa.

O Corinthians retorna de Buenos Aires nesta sexta-feira à tarde. No fim de semana o time terá folga no Campeonato Brasileiro e só volta a campo na quarta-feira, às 21h50m, no Pacaembu, pelo segundo jogo da decisão da Libertadores.

Corinthians empata na Argentina e traz decisão para o Pacaembu.

Ele não é filho de Romário, como achou parte da imprensa argentina, mas tem a estrela, a frieza e o oportunismo do tetracampeão. Romarinho pode até mesmo não comemorar o título da Libertadores com o Corinthians, mas nos próximos sete dias, certamente, seu nome estará nas orações e nos agradecimentos de cada um dos mais de 30 milhões de alvinegros espalhados pelo Brasil e no mundo. Foi do garoto de 21 anos, aos 40 minutos do segundo tempo, o gol do empate por 1 a 1 com o Boca Juniors, na lotada La Bombonera, em Buenos Aires, no primeiro jogo da final da Taça Libertadores da América.

A partida de volta está marcada para a próxima quarta-feira, às 21h50, no estádio do Pacaembu. Como não há na final o critério do gol como visitante, um novo empate leva a decisão para prorrogação. Se a igualdade persistir, a decisão vai para a disputa por pênaltis.
Não importa se é a primeira ou a décima, final de Libertadores aumenta a adrenalina e deixa os nervos à flor da pele. Ainda mais quando do outro lado está o multicampeão Boca Juniors. Mas o “novato” Corinthians não se amedrontou, pegou um pouco da catimba argentina e iniciou uma sequência de provocações.


Logo de cara, em uma disputa na lateral direita, Paulinho chutou a bola em cima de Erviti, como se dissesse “aqui é Corinthians, mano”. No mesmo lance, Alessandro chegou firme no jogador do Boca. O Timão parecia saber que o camisa 11 xeneise era o barril de pólvora da equipe da Bombonera.
Maduro como se tivesse em sua décima decisão, o Corinthians criou a primeira chance do jogo, em belo chute de longe de Paulinho (sempre ele). Orión fez excelente defesa. O tempo passou, o Boca tentou, o Timão marcou e Erviti provocou. Tanto que desentendeu com Emerson Sheik e soltou um forte palavrão.


– Se a gente aceitar que só eles falem não dá, não pode – reclamou Sheik, no intervalo.


Impaciente, o Boca Juniors apostou na catimba, mas quando acertou o toque de bola mostrou que não tem nada de “meia-boca”, para felicidade de Maradona, ídolo do clube e que estava em seu camarote na Bombonera. Aos 34 minutos, Mouche deu ótimo cruzamento para Santiago Silva pegar de primeiro, de voleio. Não fosse o corte providencial de Alessandro, mesmo que sem querer, seria gol.
E o primeiro tempo da grande final foi assim. Um Corinthians maduro, segurando um Boca Juniors impaciente, ora no “toca y me voy” ora na catimba. A nota triste, para os corintianos, ficou por conta da saída precoce de Jorge Henrique, aos 38 minutos, para a entrada de Liedson. O atacante sentiu a coxa direita.
- Esperei tanto por esse momento... Mas vou ficar torcendo para que tudo dê certo. Vou tratar e ver se consigo jogar lá em São Paulo – avisou Jorge Henrique.
Se na etapa inicial o Boca Juniors, em alguns momentos, cadenciou a partida e esperou por uma falha do adversário ou uma desatenção, logo nos primeiros minutos do segundo tempo a postura foi outra. Ofensivo, o time xeneise partiu para cima e encurralou o Corinthians no campo de defesa


A maturidade e paciência do Timão do primeiro tempo pareciam ter ficado no vestiário. Pouco combativo e dando espaço para o bom toque de bola do meio-campo argentino, o time do técnico Tite não conseguia se achar. Enquanto isso, o Boca, experiente, foi ganhando espaço no campo de ataque.


O Corinthians, porém, não chegou à decisão da Libertadores por acaso. Experiente, o Timão era perigos no contra-ataque. Mas também conta com uma muralha no gol: Cássio. Aos 15 minutos, o camisa 24 do time alvinegro segurou chute de Mouche, de dentro da área, e fez milhões de corintianos suspirarem de alívio.


Mas o Boca Juniors cresceu muito na partida. Empurrado por sua incansável torcida, os xeneises insistiram, não deram sossego ao Corinthians. E foram recompensados aos 28 minutos. Mouche cobrou escanteio, após desvio, Santiago Silva cabeceou, Chicão, com a mão, tirou em cima da linha e Roncaglia marcou.


Pela mão na bola no lance, o zagueiro corintiano levou só cartão amarelo. Se já estava recuado, sem muita força ofensiva antes do gol do Boca, depois o Timão foi ainda mais pressionado. O time de Buenos Aires viu que os brasileiros sentiram o gol sofrido e tentaram se aproximar para aumentar a vantagem.
Mas os argentinos não contavam com uma pequena alteração do Corinthians. Pequena mesmo. Romarinho entrou no lugar de Danilo para brilhar. Credenciado pelos dois gols na vitória sobre o Palmeiras, pelo Brasileirão, o atacante “vetou” Willian do banco e fez o gol de empate aos 40 minutos.


O passe preciso de Emerson Sheik deixou Romarinho em posição privilegiada. Com frieza de jogador experiente, o garoto tocou na saída de Orión: 1 a 1. Na comemoração, ele parecia não saber a grandeza do seu chute, a emoção que causou e o alívio que deu a milhões de corintianos.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Coringão escalado para primeira partida da Final da Libertadores

O Corinthians inicia nesta quarta-feira, às 21h50m, na Bombonera, os 180 minutos mais importantes de sua história. Seja dentro de campo ou nas arquibancadas, nem os marcantes títulos paulista de 1977 e mundial de 2000 possuem tanta iimportância como finalmente levantar pela primeira vez o troféu de campeão da Taça Libertadores. 

A conquista pode ser ainda mais especial pela força do adversário. Do outro lado estará ninguém menos que o Boca Juniors e sua marca de papa-títulos do continente - tem seis conquistas.

O Timão chega para as finais com uma grande campanha. Em 12 partidas, acumula sete vitórias e cinco empates. Desde 1978, com o próprio Boca, nenhum clube consegue ser campeão invicto. A equipe atingiu também um outro dado de respeito. Foram somente três gols sofridos, o que a coloca com a melhor defesa de toda a história do torneio em 52 edições.

Para passar à primeira decisão de sua história, os corintianos tiveram tranquilidade somente até as oitavas de final, quando derrotaram sem sustos o Emelec. Nas quartas, dois difíceis duelos diante do Vasco da Gama, superado somente nos minutos finais do confronto no Pacaembu, com um gol salvador de Paulinho. Já nas semifinais, o Timão eliminou o atual campeão Santos, com uma vitória na Vila Belmiro e uma igualdade em São Paulo.
– O título é muito importante para nós. Não dá para dizer a dimensão. Vamos marcar história no Corinthians. São 102 anos em busca e agora temos tudo nas mãos. Nós não queremos parar essa história aqui. Serão duas guerras – afirmou Paulinho.

O caminho do Boca também teve momentos dramáticos. A primeira fase não foi das mais calmas, mas o time encabeçado pelo maestro Riquelme embalou nos confrontos diretos. Após bater o Unión Espanhola-CHI nas oitavas, eliminou o Fluminense no Engenhão. A partir disso, criou ainda mais forças para superar o Universidad de Chile, atual campeão da Copa Sul-Americana, e se garantir na decisão. Se for campeão, chegará a sete conquistas e igualará o recorde do Independiente-ARG.

o técnico Tite fará apenas uma mudança em relação ao time que empatou por 1 a 1 contra o Santos, no Pacaembu, nas semifinais. O atacante Emerson, expulso no primeiro jogo, na Vila Belmiro, recupera a posição. Willian volta para o banco de reservas. Liedson também será opção, mesmo depois da boa atuação que teve no clássico contra o Palmeiras, pelo Brasileirão. A formação é a seguinte: Cássio, Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex; Jorge Henrique e Emerson.

Retrospecto: Boca Juniors x Corinthians

Nesta quarta-feira (27), às 21h50, Corinthians e Boca Juniors pelo primeiro jogo da final da Copa Santander Libertadores de 2012. Esta é a primeira vez que o Timão disputa a decisão da competição. E no retrospecto contra o adversário argentino, o o alvinegro soma três vitórias, três empates, cinco derrotas, 17 gols pró e 17 contra.

No resumo histórico da partida, o Corinthians tem 11 jogos contra a equipe portenha. O primeiro duelo foi disputado no dia 10 de fevereiro de 1935, no estádio Alfredo Schürig, o Parque São Jorge. O Timão venceu 2 a 0, com do meio de campo Mamede e o do centroavante Wilson.

A partida mais recente disputada contra o Boca Juniors aconteceu no ano 2000, pela extinta Copa Mercosul. O jogo foi realizado no estádio do Pacaembu e o Corinthians empatou em 2 a 2, com gols do meia Ricardinho.

La Bombonera
No estádio que abrigará o primeiro jogo da final, o Corinthians disputou quatro jogos, com uma vitória e três derrotas, cinco gols pró e 14 contra. A única vitória do Timão na casa do adversário foi conquistada no dia 21 de janeiro de 1961. Pelo Torneio Octagonal de Verão, o alvinegro venceu por 4 a 3, com gols de Zague e Paulinho (3).

Até aqui, o Corinthians disputou seis partidas fora de casa pela Copa Santander Libertadores. Nesses jogos, obteve duas vitórias e quatro empates. Somados todos os campeonatos da temporada, foram 18 duelos como visitante, com sete vitórias, sete empates e quatro derrotas.

Libertadores
Esta é a décima Copa Libertadores que o Sport Club Corinthians Paulista disputa. No retrospecto geral, foram 84 jogos, 45 vitórias, 18 empates, 21 derrotas e 153 gols marcados. O maior artilheiro alvinegro da Libertadores o atacante Luizão, com 15 gols na campanha de 2000.

Ótimo aproveitamento em 2012
Após 40 jogos na temporada 2012, o Corinthians tem um aproveitamento de 64%, com 22 vitórias, 11 empates, sete derrotas, 54 gols pró e 27 contra.

Corinthians esta tentando comprar os direito do volante Paulinho

Jogador mais valorizado da final da Libertadores, Paulinho é assediado por clubes europeus – os russos do CSKA e os italianos do Inter de Milão e do Roma já demonstrarem interesse em contar com o volante do Corinthians. Para não perder o jogador após a Libertadores, o presidente do Alvinegro tem um plano. Além de relembrar quase ter contratado o argentino Riquelme, hoje no Boca Juniors, Mário Gobbi conta que o Timão tenta comprar os direitos econômicos de Paulinho.

– Estamos tratando da compra do Paulinho, mas a sete chaves. Tenho certeza de que continuaremos com o Paulinho. Ele quer ficar, aí a coisa muda de figura. Acho muito difícil ele sair – disse o mandatário corintiano, em entrevista à Rádio Globo.

Os direitos econômicos de Paulinho são divididos da seguinte maneira: 45% do Audax-SP, 45% do Banco BMG e 10% do Bragantino. Pelo acordo com o Timão, o Corinthians ficaria apenas com 20% do lucro de uma venda acima de R$ 1 milhão, valor pago pelos investidores. Gobbi diz que já começou as negociações para comprar o volante e coloca como prioridade a manutenção do atual elenco.

– Nossa missão número 1 é manter todos os jogadores e também a comissão técnica. Vamos fazer de tudo parta segurar aqueles que aqui estão. Não é hora de falar em reforços.

Apesar de não falar em futuras contratações, Mário Gobbi revelou alguns detalhes de uma antiga negociação. O mandatário contou que, por pouco, Riquelme não defendeu o Timão. O meia do Boca, ídolo hermano, foi oferecido ao então presidente Andrés Sanches, em 2010. No entanto, a alta pedida do jogador impediu a negociação.

– Quase contratamos o Riquelme em 2010. Ele esteve em nossas mãos, mas os valores estavam realmente fora de propósito. Sentei com o Andrés e o Luis Paulo Rosenberg em uma reunião no Uruguai. O Riquelme queria vir. Nós queremos ver o Corinthians com o que tem de melhor, mas temos de ser um pouco técnicos com contratações e achamos que a transação era inviável aos cofres do clube.

Na época, especulava-se que o negócio seria fechado por US$ 5,5 milhões (US$ 3,5 mi para o jogador por um ano de contrato e US$ 2 mi para o time argentino).O antigo alvo agora é a principal arma do Boca Juniors contra o Corinthians de Paulinho. Os dois times iniciam a disputas das finais da Libertadores na próxima quarta-feira, às 21h50m (horário de Brasília), em Buenos Aires.

Meia Alex pede concentração total no jogo de hoje a noite

Com a experiência de quem já superou o Boca Juniors sendo decisivo dentro de La Bombonera, o meio campista Alex sugere que o Corinthians vá para cima do adversário na partida de ida da final da Copa Libertadores, nesta quarta-feira.

"Acredito que pressioná-los também jogando um bom futebol é uma maneira de conquistar um grande resultado", afirma ele, campeão da Sul-Americana de 2008, com o Internacional, fazendo os gols da vitória por 2 a 0, em Porto Alegre e marcando um gol determinante na derrota por 2 a 1, em Buenos Aires.

Além de pedir coragem ao Corinthians, Alex também faz algumas precauções. "Um jogo aqui contra o Boca exige concentração no seu máximo o tempo todo. Você vê que é um time que te dá poucas oportunidades e ao mesmo tempo aproveita muito bem as possibilidades que o adversário dá. Eles te forçam a errar."

O jogador, um dos únicos dois do elenco corintiano que já venceu a Libertadores, ao lado de Danilo, está confiante de que o time do técnico Tite vai assimilar o recado para conquistar um troféu que é inédito para o clube. 

"O nosso time tem esse lado experiente. Mesmo que não tenha nenhum título internacional. A equipe tem conquistas importantes que credenciam e dão uma maturidade para que hoje a gente enfrente a Libertadores com uma naturalidade de um jogo nacional. Acredito que isso a gente está fazendo muito bem na troca de ideias de quem já venceu e de quem quer ganhar essa competição."

A gente tem que ter respeito ao Boca, pelos jogadores, principalmente pelas conquistas. Mas na hora que o juiz apita o início da partida, são 11 homens contra 11

O atacante Emerson conversou com a imprensa, nesta terça-feira, véspera da sonha decisão da Copa Libertadores, contra o Boca Juniors, da forma como faria um torcedor corintiano. Como se fosse um atleta formado no popular 'terrão', o Sheik lembrou de períodos difíceis da história do clube, o renascimento após a queda à Série B do Campeonato Brasileiro e cravou: chegou a hora de finalmente se tornar campeão do continente.

"É tudo que a gente imagimava no início da competição: estar disputando a final da Libertadores e levar para São Paulo o título que o Corinthians não tem com todo sua bela história no futebol. É o momento que toda criança sonha", afirmou o jogador, na La Bombonera, após o treino de reconhecimento do palco do duelo de ida da final, que acontece nesta quarta.

"A gente começa a lembrar do clube também. O Corinthians há três anos atrás, com a chegada do Ronaldo, quando não tinha o CT que tem hoje. O Ronaldo junto com o Andrés fizeram um Corinthians diferente. E se não for esse ano, a gente espera que seja, temos certeza absoluta que o Corinthians cresceu e está no caminho certo para a conquista inédita da Libertadores. A gente espera poder dar esse presente para o torcedor, a todos os atletas que passaram pelo clube e não conseguiram, a todos que fizeram esse clube grande. Acho que está na hora, é o nosso momento. É o momento de ter coragem, personalidade. Levar esse título para São Paulo. Acho que chegou a hora do Corinthians."
Lucas Borges

Sheik dá entrevista para o 'batalhão' de repórteres na Bombonera
Para transformar o sonho em realidade, explica Emerson, é preciso respeitar a rica história do Boca em Libertadores - são dez finais e seis títulos, contra nenhum do Corinthians -, mas com moderação.

"Até o início da partida a tradição vale um pouco. A gente tem que ter respeito ao Boca, pelos jogadores, principalmente pelas conquistas. Mas na hora que o juiz apita o início da partida, são 11 homens contra 11 homens. São duas grandes equipes, que chegaram até a final de uma competição muito dura."

"O jogo todo vai ser muito tenso, exige um poder de concentração diferente das outras partidas. Não pode ter tantos erros. Acho que ter uma concentração maior nos primeiros minutos é importante. Mas a parte mental está sendo trabalhada. Nervosismo não tem como não ter, é normal. Mas temos jogadores experientes e que vão saber se controlar", concluiu o atacante.
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Elias - Eu vou nem que seja pra ir de arquibancada.

O volante Elias, ex-jogador do Corinthians e atualmente no Sporting-POR, é mais um louco no bando que está em Buenos Aires, na Argentina, para a primeira partida final da Taça Libertadores da América, entre Boca Juniors e Timãao, marcada para as 21h50 desta quarta-feira. De férias dos campeonatos europeus, o jogador aproveitou a folga para viajar e acompanhar a decisão ao lado dos corintianos.

Elias chegou à capital argentina nesta terca-feira, juntamente com familiares e amigos. Hospedado no mesmo hotel em que a delegação do Corinthians está, ele recebeu os jogadores no lobby assim que o grupo retornou do estádio La Bombonera, onde fez o ultimo treino antes do jogo. O volante cumprimentou os atletas, reviu amigos e conversou com membros da comissão técnica que continuam no clube desde a sua época - ele atuou no Timão entre 2008 e 2010.

- Eu ainda não tinha visto nenhum jogo do Corinthians no estádio nesta Libertadores. Aí aproveitei que estou de férias, peguei meu pai, mais uns amigos, e voei para Buenos Aires. Quero estar perto do Corinthians neste momento tão especial - disse Elias.

Para o duelo desta quarta, ele nao arrisca placar, mas confia no Timão.

- Espero que eu traga ainda mais sorte para eles.

Com ingresso garantido para o concorrido jogo - serão apenas 2.500 corintianos no estádio do Boca -, Elias quer sentir de perto o calor da Fiel, coisa que sente muita saudade desde que saiu do Timão.

- Eu vou nem que seja pra ir de arquibancada, sentar no meio da torcida.

Técnico Tite sabe da força do Boca Juniors na sua casa

O Corinthians tem como um dos seus portos fortes na Libertadores a atuação diante da sua torcida, no Pacaembu, onde conquistou cinco vitórias e um empate até aqui. Com o Boca Juniors não é diferente. Depois de estrear perdendo para o Fluminense, foram cinco vitórias seguidas na Bombonera.

Sabendo do perfil das duas equipes, Tite recomendaria ao Boca Juniors partir para cima do Corinthians no jogo desta quarta-feira, em Buenos Aires, na primeira partida da decisão da Libertadores.

"Nesses momentos, o que eu vejo, é não modificar o que o que se fez até agora. Não deixar de fazer, ou melhor, fazer o que fez até agora. Eu agrediria o Corinthians", disse o treinador, nesta terça-feira, quando perguntado que conselhos daria para o técnico do Boca, Julio Cesar Falcioni.

Tite sabe da força do Boca Juniors na sua casa - e fora dela -, tanto que o discurso de respeito ao time argentino esteve presente em toda a entrevista coletiva do treinador nesta terça. Ele, porém, reforça que o Corinthians é um time que não deve nada aos argentinos.Agência Estado

"Boca sempre é Boca, com sua tradição, força, estilo e grandeza da Bombonera, com todo respeito. Mas o Corinthians também chegou com merecimento e chegaram à final as duas equipes mais fortes. Esse time está quase há dois anos junto, aprendendo no erro e chegando forte", destacou o treinador, que está no Corinthians desde o segundo semestre de 2010.

Ao falar da fama de retranqueiro que tem o seu time, Tite lembrou que a equipe também marca gols. São 19 até aqui na Libertadores, contra três sofridos em 12 jogos. O Boca marcou um gol a menos, mas sofreu quatro a mais. 

"Quem é o melhor saldo? Isso mostra uma equipe equilibrada. Não importa os poucos gols que ela faz, importa o equilibro com saldo de gols. O setor defensivo também tem participação. Para construir um gol precisa de 20 pernas e duas mãos", explicou Tite.

Com relação à Bombonera, forte arma do Boca na decisão, Tite pregou cautela, mas comparou o local à Vila Belmiro, de onde o Corinthians voltou com uma vitória na semifinal.

"O estádio tem uma mística especial, ecoa, fica próximo do torcedor, mas a essência é ficar focado no jogo, no passe, no domínio. Lá no Pacaembu é assim também, na Vila Belmiro assim", destacou o técnico corintiano.

Sobre a escalação do Corinthians, Tite confirmou a equipe sem novidades, contando com o retorno do atacante Emerson. "É o mesmo time que inicia a partida. O mais importante de tudo é manter um padrão", disse. Assim, o time alvinegro entra em campo com Cássio, Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Alex e Danilo; Jorge Henrique e Emerson. 

Treino na casa do inimigo.

O time do Corinthians treinou na noite desta terça-feira no gramado de La Bombonera, aonde às 22h desta quarta, será disputada a partida de ida da final da Copa Libertadores, contra o Boca Juniors.

Assim como tem sido desde a chegada Buenos Aires, nessa segunda, nada de hostilidade no campo do adversário. Pelo contrário. A equipe chegou por volta das 17h30 escoltada por policiais e diante de muitos torcedores brasileiros que circulam em torno do estádio procurando ingressos. É grande o número de pessoas que viajou até Buenos Aires e ainda não tem entradas.
Lucas Borges

Meia hora depois, os jogadores já estavam no campo, muito deles usando tocas e luvas para se protegerem do frio. 

Durante uma 1h30min de treinamento, eles brincaram em um coletivo com titulares e reservas misturados no fim, e se separaram: os reservas treinaram cruzamento e finalização.

Já os titulares fizeram o tradicional 'treino fantasma', quando o técnico Tite simula a passagem da bola da defesa para o ataque, mas sem um adversário.

A equipe não tem desfalques e vai pegar o Boca com Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Alex e Danilo; Jorge Henrique e Emerson.

Trabalhar no mítico gramado do Boca antes de uma partida é uma rara cortesia que foi concedida ao Corinthians pela diretoria do time argentino. 

Para Tite, que fez questão de usar até mesmo a Vila Belmiro, campo já conhecido pelos jogadores corintianos, antes das semifinais com o Santos, treinar no próprio campo de jogo permite à equipe ter uma noção maior dos espaços.

Corinthians vence nos pênaltis e vai à semi da Libertadores da categoria Sub-20

Na véspera de começar a final da Libertadores da América em Buenos Aires contra o Boca Juniors, o Corinthians deu um passo importante na luta pelo título da competição válida para o time sub-20. Jogando no Peru, o time paulista superou o Cerro Porteño nos pênaltis e está nas semifinais da Libertadores da categoria.

Em campo, o Corinthians empatou por 0 a 0 e contou com o brilho do goleiro Matheus Caldeira na disputa das penalidades. O arqueiro defendeu dois chutes (num deles, precisou pegar duas vezes, já que o árbitro mandou voltar a cobrança) para garantir o 4 a 1 e a vaga na semi.


Agora, o Corinthians enfrenta o River Plate, que bateu o América-MG nos pênaltis, também nesta terça-feira. As duas equipes já se enfrentaram na fase de grupos e ficaram em um empate por 1 a 1. Na outra semifinal jogarão Unión Española e Defensor Sporting, que passaram respectivamente por Alianza Lima e Universitario.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Emerson Sheik - "É sempre bom disputar uma partida como essa e saber que você pode entrar para a história do clube"

La Bombonera impressiona, mas não vai obrigar o Corinthians a mudar sua forma de jogar. A filosofia tática empregada pelo técnico Tite, e que fez a equipe atingir a inédita decisão da Copa Libertadores diante do Boca Juniors, equipe hexampeã continental, será mantida, independentemente do fato de ter pela frente o “gênio” Juan Román Riquelme.

Suspenso da segunda partida das semifinais diante do Santos, mas autor do gol da vitória na Vila Belmiro, o atacante Emerson será a única novidade do clube paulista para o confronto de quarta-feira, às 21h50 (de Brasília), em La Bombonera, na abertura da decisão da Libertadores. Na visão do companheiro de Jorge Henrique, a obediência tática é fator fundamental para criar uma boa vantagem na Argentina e levar ao Pacaembu.
“É um jogo que representa muito. É sempre bom disputar uma partida como essa e saber que você pode entrar para a história do clube. Vamos tentar não mudar nosso padrão, fazer tudo aquilo que já fizemos pra chegar, manter nosso estilo. Estamos jogando contra um time de muita pressão e dentro do estádio deles, que é um alçapão”, discursou o Sheik, adotando respeito e cautela para o confronto decisivo.

Concentrado no Hotel Intercontinental, no centro de Buenos Aires, o grupo corintiano faz reconhecimento de gramado nesta terça-feira, às 19 horas, em La Bombonera, e retorna ao hotel. A provável escalação do Timão para o confronto de quarta à noite é a seguinte: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Alex e Danilo; Jorge Henrique e Emerson.

Boca Juniors ignora tradição e abre a Bombonera para o Corinthians treinar antes da final

Enfrentar o Boca Juniors em La Bombonera é uma das situações de jogo mais adversas do futebol mundial, ensina a sabedoria popular dos boleiros. Ainda mais em uma final de Libertadores. Mas, pelo menos por enquanto, não tem sido assim com o Corinthians.

Depois de ser recepcionado nesta segunda-feira com festa de torcedores brasileiros e até mesmo por uma jovem e acolhedora delegação de crianças argentinas que esperavam para viajar no aeroporto de Buenos Aires, o time paulista ainda terá direito a uma mordomia nesta terça: usar o campo do inimigo para fazer um treinamento às 19h.
O Boca não costuma ceder sua casa sagrada para os rivais. Entretanto, em um gesto surpreendente, vai abrir uma exceção aos 'hermanos' brasileiros, com quem têm em comum a idolatria por Carlitos Tevez e a origem popular de suas torcidas.

Na noite desta segunda-feira, no lobby do hotel aonde o Corinthians está concentrado, funcionários do clube tentavam confirmar o treino em La Bombonera, desconfiados de que o acordo arrumado ainda no Brasil pudesse ser desfeito. Porém, a informação foi confirmada pelo próprio clube argentino. 

"Não é mesmo uma prática muito comum, mas o Boca decidiu assim. É uma cortesia. Queremos que eles reconheçam o campo. Os clubes têm histórias parecidas, a relação é boa", disse ao ESPN.com.br o vice-presidente do Boca, Juan Carlos Crespi.

O Fluminense, por exemplo, não teve o mesmo benefício quando enfrentou o Boca também neste ano, pela Libertadores. Os cariocas tiveram que se exercitar na Casa Amarilla, centro de treinamento do time argentino. Em outras oportunidades, clubes brasileiros como Santos e Palmeiras, finalistas do torneio sul-americano contra o Boca em 2003 e 2000, respectivamente, preferiram chegar em Buenos Aires em cima da hora do jogo. 
  
Poder trabalhar no mesmo gramado em que a partida é disputada é uma prática que para o técnico Tite faz muita diferença. O treinador já havia feito questão de usar a Vila Belmiro, estádio que os corintianos conhecem bem, para o treino da véspera do confronto de ida das semifinais da Libertadores, contra o Santos. Coincidência ou não, o Corinthians acabou ganhando aquela partida por 1 a 0 e confirmou a classificação para a final com um empate por 1 a 1, no Pacaembu.

Segundo Tite, treinar no campo do jogo dá aos jogadores uma melhor noção de profundidade e de espaço durante os 90 minutos que são para valer.

O staff corintiano afirmou que a gentileza será retribuida ao Boca Juniors para o duelo de volta, dia 4 de julho, no Estádio do Pacaembu.
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