Após inovar e apostar no roxo, no grená e no cinza para o seu terceiro uniforme, o Corinthians deverá voltar a investir no tradicional alvinegro em 2014. O presidente Mário Gobbi revelou o seu desejo pessoal de ver a equipe jogar com camisas predominantemente brancas com listras pretas, calção escuro e meias zebradas no ano da Copa do Mundo do Brasil.
“É o meu sonho. Já consultei o nosso departamento de marketing e a Nike para prestarmos essa homenagem a Rivellino e Tião, que formaram um meio-campo marcante para a minha juventude. Na década de 70, eles vestiam camisas listradas, mas com o branco em destaque. Quero que seja novamente assim, com a gola redonda, o calção preto e as meias zebradas. É um uniforme que ficou marcado nas retinas de muitos corintianos”, comentou Gobbi.
Rivellino foi o primeiro ídolo do atual mandatário do Corinthians. “Ele jogava muito bem com aquela camisa, principalmente no Pacaembu. Lembro até que o cordão branco do calção dele ficava aparecendo”, sorriu Gobbi, que guardava em segredo a sua intenção de reeditar o traje dos anos 1970. “Como torcedor, faz tempo que sonho em ver o Corinthians jogando novamente daquele jeito. Será o nosso terceiro uniforme. Manteremos a camisa branca para o primeiro e a preta para o segundo.”
Apesar de reverenciar Rivellino, Mário Gobbi teve mais alegrias ao idolatrar Sócrates – “Melhor do que Pelé”, segundo ele, e opositor da gestão de Andrés Sanchez quando estava vivo. Enquanto o Doutor se consagrou com os títulos estaduais de 1979, 1982 e 1983, o Reizinho ficou estigmatizado por deixar o Parque escorraçado após a derrota na final do Campeonato Paulista de 1974, para o rival Palmeiras.
“Eu estava no Morumbi naquele jogo”, recordou Gobbi. “E, se fosse o presidente do Corinthians na época, não teria vendido o Rivellino. O futebol é um esporte coletivo. Você não pode jogar a culpa pela perda de uma competição em cima de um só atleta. Um ano atrás, conversei com o Rivellino, e ele me explicou que a ansiedade atrapalhou muito contra o Palmeiras, que jogou tranquilo. O gramado do Morumbi também estava fofo”, lamentou, 38 anos depois.
Como presidente, Gobbi tem a chance de minimizar a “injustiça” feita com Rivellino no passado. A solução que encontrou foi com a instituição do novo terceiro uniforme em 2014. Os torcedores organizados do Corinthians, que repudiaram as camisas roxa e grená (sucesso de vendas), certamente ficarão mais contentes com a volta do alvinegro.
“A camisa servirá só para homenagear Rivellino e Tião, um meio-campo inesquecível. Acho que eles merecem. Espero que ninguém se magoe com isso. Nesta entrevista, estou revelando a ideia pela primeira vez. Se eu sentir que ela não foi tão bem aceita...”, ressalvou Mário Gobbi.
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