terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Na torcida para que seja liberado, Emerson espera ter a primeira oportunidade na seleção brasileira.

Emerson Sheik já vestiu a camisa de duas seleções em sua carreira. Ainda jovem, atuou por equipes de base do Brasil. Em 2008, ídolo no Qatar, foi convocado para defender o país. O fato gerou uma grande dúvida sobre sua carreira. Ele pode voltar a jogar pela seleção brasileira?

O jogador torce para que sim. Aos 34 anos, conquistar um título com a camisa amarela é seu maior sonho. Tanto que o escritório de seu empresário, Reinaldo Pitta, já busca informações na Fifa a respeito de sua situação. Em 2008, após entrar em campo pelo Qatar contra o Iraque, a entidade notificou o atleta e disse que ele estava proibido de atuar pelo time nacional, justamente por já ter defendido o Brasil quando jovem.

Na relação de atletas do Mundial de Clubes, entretanto, a Fifa classificou o jogador como qatari (nascido ou de cidadania do Qatar), e voltou a suscitar dúvida sobre sua condição. 

Na torcida para que seja liberado, Emerson espera ter a primeira oportunidade na seleção principal aos 34 anos. Ele admite que é difícil estrear a essa altura, mas nem pensa em ter apenas uma oportunidade. Sheik quer disputar a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. Quer fazer história.

- Não quero ter a chance de fazer só um jogo por estar num bom momento, sendo campeão aqui, ali. Isso, de coração, não quero. Tenho o sonho de marcar também na Seleção, conquistar um título, isso não tem preço. Fui campeão em todos os clubes por onde passei, se estou no lugar tenho que ganhar. Na Seleção também seria assim. Já tenho 34 anos, mas não acho impossível. Queria ter um título na Seleção para mostrar aos meus filhos daqui a dez anos.

A chegada de Luiz Felipe Scolari, em substituição a Mano Menezes, foi o combustível que faltava para Sheik voltar a ficar otimista por uma convocação. Em suas primeiras entrevistas como técnico da seleção brasileira, ele deu a entender que jogadores mais experientes voltariam a ganhar espaço no grupo, formado em sua maioria por jovens sob o comando de Mano. 

Imediatamente, nomes como os de Ronaldinho, Julio Cesar e Lúcio, todos titulares do Brasil em Copas do Mundo anteriores, foram citados. Mas Sheik, mesmo sem história na equipe, acha que pode ser lembrado.

A boa fase do Corinthians é outro fator essencial para que suas chances cresçam. Desde que chegou, em 2011, o jogador já foi campeão brasileiro (pela terceira vez consecutiva, já que antes havia vencido por Flamengo e Fluminense), da Libertadores e mundial. Prato cheio para reivindicar uma oportunidade.

- Pela experiência dele (Felipão) na Seleção, acho que foi uma ótima escolha. Tinha aquela coisa da Copa estar se aproximando e o torcedor não saber quem são os onze jogadores. Antigamente a gente sabia, né? Acho que a chegada dele vai dar uma cara nova e acredito que jogadores de sua confiança devam retornar. Ele disse que vai contar com jogadores experientes, então isso abre as portas e deixa todo mundo feliz.

Emerson garante que sua experiência no futebol, e na vida, pode dar mais maturidade e vivência ao time brasileiro, hoje formado por garotos como Neymar, Lucas, Oscar e Leandro Damião.

- São jogadores de muito talento, mas que talvez não tenham esses aspectos. O fato é que o treinador da Seleção terá um leque enorme de grandes jogadores.
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