Para o Corinthians conquistar a Taça Libertadores é muito mais do que colocar o troféu do torneio no memorial do Parque São Jorge. Representa também o fim de gozações de rivais que duram algumas décadas graças ao jejum de títulos sul-americanos. Por isso, o técnico Tite reconhece que a torcida pela vitória do Timão será exclusiva dos corintianos.
– Essa rivalidade que tem com Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos é inevitável. Não vamos brincar com as coisas. O Boca não é a Argentina, e o Corinthians não é Brasil. Muitos outros vão torcer contra, é do esporte, é da rivalidade, é do um contra o outro e do ganhar e perder – afirmou.
Enquanto muitos torcem contra o sucesso do Timão diante do Boca, na quarta-feira, a partir das 21h50m, no Pacaembu, Tite conta com a ajuda da Fiel para empurrar a equipe rumo à vitória. Todos os ingressos foram vendidos antecipadamente. Para ele, o apoio do torcedor vem sendo determinante para a boa campanha corintiana no torneio – sete vitórias e seis empates.
Na soma das seis partidas em casa que fez na Libertadores, o Corinthians levou ao Pacaembu 190.976 pagantes. O melhor público foi nas quartas de final, quando 35.974 pessoas pagaram para ver a dramática vitória por 1 a 0 sobre o Vasco, gol marcado por Paulinho.
Naquela ocasião, aliás, Tite foi expulso pelo árbitro Leandro Pedro Vuaden e teve de dar instruções à equipe das arquibancadas. Perto da Fiel, o torcedor pôde ver o tamanho do desejo dela de vencer a competição pela primeira vez e, enfim, acabar com as provocações dos rivais.
– A torcida é fundamental e será novamente nesse jogo. Quando fui expulso, teve um cara que reclamou de um atleta. Quando ele levantou, os outros torcedores mandaram ele calar a boca e ajudar a equipe. Ecoava também um pouco de orientação. Falei para o Willian jogar mais aberto e todo mundo gritou para o Willian abrir. A torcida joga junto, auxilia na adversidade, mas também cobra – ressaltou.
Depois do empate por 1 a 1 na Bombonera, Corinthians e Boca Juniors precisam vencer para decidir quem ficará com o título. Em caso de uma nova igualdade, seja por qualquer contagem, a decisão irá para 30 minutos de prorrogação. Persistindo, a disputa será nos pênaltis.
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