Com a vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, no Pacaembu, a equipe alvinegra conseguiu seu objetivo, G 10. e agora o Timão é o décimo colocado com 15 pontos, embora tenha de torcer para que o Flamengo não vença a Portuguesa nesta quinta-feira, no Engenhão. Ainda não é o "paraíso", mas dá tranquilidade para, nas próximas rodadas, tentar se aproximar dos que estão à frente.
A atuação do Timão também não foi de encher os olhos, mas não fugiu do padrão ao qual Tite acostumou sua torcida: com disciplina tática, dedicação na marcação, movimentação constante e coragem com a bola nos pés. Enquanto Danilo, Paulinho, Emerson e Fábio Santos aproveitavam cada metro de campo, Montillo teve lapsos do seu bom futebol e os atacantes Borges e Wellington Paulista pouco pegaram na bola. O esquema com três volantes foi desfeito ainda no primeiro tempo, mas nem assim o time criou.
Danilo participou muito do jogo e dava aquela velha impressão de ser impossível lhe roubar a bola. Gira pra cá, pra lá, protege, levanta a cabeça... Numa de suas jogadas características, acertou um chute forte de fora da área, teve até auxílio de um desvio na zaga, mas Fábio espalmou. A movimentação dos corintianos confundiu o Cruzeiro, que mesmo assim perdeu a grande chance de abrir o placar. Em cobrança de escanteio, Leandro Guerreiro ficou de frente para o gol e, de pé esquerdo, chutou para fora.
Tantas faltas da Raposa, em algum momento, trariam prejuízo. Quando Sandro Silva, que gosta de toques refinados, errou o domínio dentro da área, errou também o tempo da bola e acertou as pernas de Jorge Henrique: pênalti bem batido por Chicão. E o volante cruzeirense, que já tinha cartão amarelo, foi poupado pelo árbitro Leandro Vuaden. Mas não por Celso Roth. Era tão óbvio que ele seria expulso, que logo foi substituído por Fabinho. Esquema ofensivo incapaz de fazer os mineiros ameaçarem até o fim do primeiro tempo.
Um centímetro. Um milímetro. Impossível medir quanto faltou para Emerson matar o jogo logo no comecinho do segundo tempo. E sorte de Vuaden que ele não alcançou o cruzamento de Fábio Santos... É que o goleiro Fábio deu um bico para a frente e a bola foi amortecida na mão do lateral-esquerdo, dentro da área. No passe, a bola quicou e fugiu do Sheik, que se esticou no chão para lamentar a chance perdida.
O Corinthians manteve a postura do primeiro tempo até o Cruzeiro voltar a adiantar sua formação. Quando notou que estava exposto aos contra-ataques, o time paulista ficou mais precavido.
Montillo, que estava sumido, apareceu, mas muito nas bolas paradas. Sim, o feitiço virou contra o feiticeiro e os mineiros passaram a ser parados com faltas. O argentino tentou cruzar, mas não achou a cabeça de nenhum companheiro. Tentou bater direto, mas não achou o ângulo de Fábio. A tentativa de pressão quase resultou na expulsão de Paulo André. Assim como Sandro Silva, ele fez falta digna de cartão amarelo, mas como já tinha recebido no primeiro tempo, foi 'perdoado' pelo árbitro.
Celso Roth trocou Diego Renan de lateral, da esquerda para a direita, e ele até conseguiu levar perigo, como numa dividida que acertou, sem intenção, o goleiro Cássio. As aparições ofensivas do Corinthians eram raras, mas perigosas, sempre com participação de Sheik e Romarinho. Velozes no contra-ataque, eles chegavam rapidamente à área e, quando conseguiam a finalização, paravam nas mãos de Fábio. Um fim de jogo morno que Tite e Paulinho resolveram esquentar.
O técnico, ao chamar o peruano, de cabelo esquisito, artilheiro da última Copa América... Ele foi aplaudido pela Fiel desde o aquecimento e voltou a animar a arquibancada quando foi chamado pelo professor. Os sete minutos foram suficientes apenas para as primeiras gotas de suor na camisa 9 e a apresentação à grama do Pacaembu. Guerrero ainda terá tempo para mostrar que é guerreiro como seus companheiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário