terça-feira, 3 de julho de 2012

Torcida do Coringão, fará um novo mosaico no Pacaembu.

Como Tite não tem o hábito de fazer mistério em relação a escalação do time, o torcedor presente no Pacaembu não teve surpresas quando os titulares entraram em campo contra Vasco, nas quartas, e Santos, na semifinal da Copa Santander Libertadores. Não dentro das quatro linhas...

Porque, no setor das cadeiras laranjas, a torcida deu show com inéditos mosaicos: o primeiro com a palavra “Timão”, e o segundo com um coração alvinegro pulsante.

A ideia partiu de Rogério "Bandeira", que há 20 anos produz bandeiras para as torcidas organizadas. Após convencer o marketing do clube a apoiar financeiramente o projeto – os valores não foram revelados –, iniciou-se a produção de algo que era visto como ousado:

– Havíamos tentado fazer um mosaico só uma vez, em 2009, no setor amarelo. Mas não deu certo... – lembra ele, sobre a homenagem feita pelo aniversário de 99 anos do clube, em clássico contra o Santos.
Veja como será o mosaico do Timão na final da Liberta!

O problema, na ocasião, foi que o setor das organizadas aperta os torcedores em pequenos espaços, o que causa desorganização. A opção foi fazer o mosaico em setor com cadeiras, onde há espaços definidos.

À mão, sem usar de programas de computador, Bandeira fez os desenhos após contar, pessoalmente, o número de acentos e entradas. Com 40 jovens, que se reúnem em Santo André em ponto de encontro chamado “Saudoso Cafofo”, ele deu vida ao seu sonho.

Para o jogo desta quarta-feira, às 21h50, contra o Boca Juniors (ARG), serão 7.200 retalhos de pano TNT nas cores preta e branca que formarão a palavra “Corinthians.” Ao mesmo tempo, da arquibancada, será erguida bandeira com o verbo “Vai.”

– Vai chamar o time para jogar sério contra o Boca. Esse “Vai, Corinthians” virou jargão do torcedor, que se cumprimenta assim nas ruas. É um grito preso que temos por não ter esse título – explica.

Assim como nos outros jogos, o mosaico será erguido duas vezes: na entrada do time e, depois, durante a execução do hino nacional – quando uma ação surpresa será feita pelos organizadores do mosaico.

– A torcida do Boca faz uma festa fantástica, mas repetitiva. Nossa ideia é mostrar criatividade – diz.


OS PRIMEIROS MOSAICOS DO TIMÃO NA LIBERTADORES 2012
Corinthians  1x0   Vasco
23/05 - Minutos antes de o mosaico subir, Rogério Bandeira estava com medo de que algum erro ocorresse. O telão do estádio pedia que os torcedores erguessem seu pano quando o time entrasse em campo. E deu certo.  “Ficou autônomo. Deixamos os tecidos nas cadeiras, mas a coisa fugiu do nosso controle. Os torcedores entenderam, subiram pela primeira vez, desmancharam tudo para rodá-los, mas depois reapareceu no hino. Foi natural, passou a ter duas etapas.”
Corinthians  1x1   Santos
20/06 - Após a experiência contra o Vasco, Bandeira resolveu ousar, projetando um coração com batimentos cardíacos. Nem a chuva, presente durante todo aquele dia, atrapalhou a execução. “Íamos enfrentar o Santos de Neymar, atual campeão da Libertadores, e tínhamos de fazer algo para que os jogadores entendessem que teria de estar em campo não só a qualidade, mas algo além: o coração. A pulsação expressou que mais de 30 milhões dependiam deles.”

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