A inédita decisão de Libertadores tem mexido com cada jogador do Corinthians de uma maneira diferente. Com experiências em outros grandes clubes do país e passagens por clubes estrangeiros, o lateral Fábio Santos sabe que está perto de entrar para a história como titular da primeira formação corintiana campeã da América. Para isso, basta uma vitória simples na próxima quarta-feira, diante do Boca Juniors.
Na visão do lateral esquerdo, o sentimento de estar a “90 minutos da história” é ampliado pelo fato de que grandes nomes do futebol brasileiro e mundial já tiveram oportunidade de colocar um ponto final no jejum de títulos continentais do clube alvinegro, mas é sua geração, a de “jogadores operários”, que pode marcar o dia 4 de julho de 2012 como o mais importante da história da equipe.
“Por mais títulos que o Boca Juniors tenha, cada Libertadores é uma. A repercussão que tem sido pro Corinthians ganhar pela primeira vez é muito grande, incomparável. Vários belíssimos jogadores passaram por aqui e não conquistaram, mas temos que levar esses quesitos positivos para dentro de campo e nos motivar”, salientou o camisa 6, relembrando o passado da equipe paulista.
Em 1977, quando o Corinthians foi desclassificado na primeira fase, a base da equipe era a mesma do time campeão paulista do ano, com jogadores como Basílio e Zé Maria, que não tiveram sucesso. Em 1991, a equipe de Nelsinho Baptista era orquestrado pelo goleiro Ronaldo e por Neto, mas caiu nas oitavas de final. Em 1996, Marcelinho Carioca teve a oportunidade, mas não avançou na competição continental, assim como em 1999, quando já contava com Ricardinho, Vampeta, Rincón e Edílson, mas caiu diante do Palmeiras nas quartas de final.
No ano seguinte, o clube do Parque São Jorge repetiu a base, mas não passou das semifinais, novamente vencida pelo Palmeiras. Em 2003, o trio ofensivo formado por Leandro, Gil e Liedson também não teve sucesso, assim como em 2006, quando o River Plate foi o algoz do time de Mascherano, Nilmar e Carlitos Tevez. O trauma aumentou nas últimas participações, em 2010 e 2011. Nessas edições, o time de Ronaldo e Roberto Carlos caiu nas oitavas de final e depois na fase preliminar, diante do desconhecido Tolima, da Colômbia, e já sob o comando de Tite.
Diferente de Basílio, Marcelinho Carioca, Neto, Tevez e Ronaldo, é Fábio Santos quem tem possibilidade de levantar a taça da Libertadores na próxima quarta-feira. “Nosso grupo é muito experiente, maduro. O Tite conversa muito, e foi bacana chegar na final, mas todo mundo tem consciência que a gente precisa ganhar”.
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