O torcedor do Corinthians que pretende adquirir ingresso sem utilizar o pacote de viagem oferecido pelo clube corre o risco de não achar bilhetes ou então de ter de assistir ao Mundial de Clubes na torcida “neutra”. Para o torneio no Japão, em dezembro, o clube fechou parceria com a operadora de turismo CVC, que dará prioridade na aquisição de ingressos aos que comprarem os planos oferecidos.
A estratégia do Corinthians e CVC pode se configurar em “venda casada”, crime previsto por lei. Funciona basicamente da seguinte maneira: para ter direito a uma determinada compra, o consumidor é induzido a fechar outra aquisição.
Os ingressos que o Corinthians terá direito a comercialização serão destinados exclusivamente aos compradores do pacote firmado com a CVC (com hotel, traslado e, dependendo do plano, com passagens aéreas).
Neste caso, para o torcedor corintiano assistir ao Mundial no espaço destinado ao clube no estádio, é preciso comprar pacote de viagem com a CVC, cujos preços variam de R$ 5 mil a R$ 14 mil. O Corinthians estreia no dia 12 de dezembro, sem adversário definido.
“Quem não comprar ingresso pelo pacote oficial não vai ter acesso à torcida do Corinthians. Vai ter que ficar em outros setores. E quem comprar o pacote de viagem vai ter a prioridade para adquirir o ingresso”, disse uma pessoa responsável pela comercialização.
Se um torcedor, por exemplo, não quiser adquirir todo o pacote oferecido (hospedagem, traslado, etc..), ele só terá como opção comprar o ingresso diretamente com a Fifa, cujo sistema de venda ainda não foi apresentado. A entidade deve iniciar a venda em setembro.
O Procon notificou o Corinthians por venda casada na final da Libertadores contra o Boca Juniors e considera irregular o programa Fiel Torcedor. A instituição informa que a prática adotada pelo clube impede o cidadão de ter o direito a um produto ou serviço, restringindo a venda de ingressos.
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