“Marrento”, “favelado” e decisivo. Assim pode ser definido Emerson e sua atuação na vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Boca Juniors na noite desta quarta-feira, que garantiu ao clube paulista o título inédito da Copa Libertadores da América. Autor dos dois gols da partida, o atacante fez a festa da torcida corintiana e foi o principal personagem do jogo. Porém, o camisa número 11 rejeitou o rótulo de “herói” alvinegro.
“Eu vou pedir uma coisa: Não me chamem de herói”, disparou Emerson logo no início da entrevista coletiva após a partida.
Em um exemplo de humildade, o atacante fez questão de dividir os méritos do título com o restante do elenco e lembrou a importância de todos os envolvidos com o clube paulista.
“O time todo está de parabéns. Desde o início da competição. A diretoria que deu todo o suporte necessário. Então, acho que todos estão de parabéns pela conquista de hoje. Sozinho eu jamais faria nada. Eu tive passe do Paulinho para fazer o gol contra o Santos. A bola não chegou voando. Vale lembrar dos passes. No primeiro gol de hoje teve passe do Danilo. No segundo, a pressão do Alex no zagueiro. Quando eu falo em grupo não são só jogadores e comissão. Tem funcionários que fazem parte do título. Todo o Corinthians pode se considerar campeão e herói pelo titulo”, analisou.
Emerson também comentou o fato de saber esperar uma oportunidade no time titular e de que todos os jogadores sabem seu lugar no grupo formado pelo técnico Tite. “No Corinthians não se joga com nome. Nós dizemos que tem que ralar o bumbum no chão. Isso se encaixa muito no Emerson. Em nenhum clube eu joguei por nome, só por merecimento. Ao longo desses meses no Corinthians eu fiz por merecer, ser respeitado no grupo. O Tite prega muito isso. Quem tiver melhor, joga”.
Por último, o atacante comentou sobre o rótulo de “predestinado” em jogos decisivos. Em 2010, Emerson foi o responsável pelo gol que selou o título do Fluminense no Campeonato Brasileiro e neste ano foi peça fundamental na conquista da Libertadores corintiana. O atacante ainda revelou que sonhou com o gol derradeiro.
“Não sei se sou predestinado. Gosto desses jogos decisivos. Fui dormir com a sensação de que faria o gol. São coisas que não se pode falar antes porque se der errado, você está frito”, finalizou.
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