O técnico campeão da Libertadores ganhou uma folga no final de semana, mas já revela preocupações com o resto da temporada do Corinthians. Por isso, Tite faz apelos à diretoria do clube para manter o elenco que conquistou o tão sonhado título da América e permitir, assim, que o treinador dê continuidade ao seu projeto, que agora já se tornou “Mundial”.
Depois de comemorar o título conquistado na quarta-feira, o técnico corintiano volta a uma realidade que está bem longe de ser a ideal no Campeonato Brasileiro. Com sete jogos disputados até agora, o Corinthians tem apenas uma vitória e figura na zona de rebaixamento na tabela. Por isso, o técnico lembra a importância de evitar desmanches no plantel agora que somente o primeiro objetivo do grupo foi alcançado.
“Não tem que deixar sair atletas. Aprendemos que a manutenção deles é importante. Esse também é um planejamento que a direção vai ter que fazer para tirar o foco dessas possibilidades de saída. A minha posição é de permanência do grupo, da equipe toda”, reforçou o treinador, em entrevista à TV Bandeirantes nesta segunda-feira.
O técnico evitou dizer que vai usar o Campeonato Brasileiro apenas como preparação para o Mundial Interclubes no final do ano, mas já admitiu que tem um projeto à frente do clube que só terminará com a disputa do título no Japão.
“O meu projeto ele é o Corinthians e ele é o Mundial, mas é antes de tudo a recuperação, é o jogo contra o Botafogo na quarta-feira. Porque a vida é assim, ela vai te dando depois aquilo que você merece”, explicou.
Tite também falou sobre um dos pontos fortes que, na opinião dele, foi essencial para que o Corinthians conseguisse conquistar a Libertadores neste ano: o fato de o time ter compreendido que não há titulares definidos na equipe. Essa foi uma filosofia que o treinador fez questão de incorporar no elenco para que todos tivessem ciência de que a escalação era uma questão de momento – quem estivesse jogando e treinando melhor, seria o escolhido para estar em campo.
“O que é ser titular? Eu fico muito contente que os atletas entenderam que tem uma comissão técnica que respeita muito eles. O Alessandro, o Edenilson, o Júlio César, o Cássio, todos foram titulares e reservas. Até o Ralf foi reserva. Hoje eles têm essa compreensão de que, entre eles, eles podem competir e ser amigos, quem estiver melhor, vai jogar”, esclareceu o técnico.
“Qdo a gente fala ‘afastar’, as pessoas acham que você está desprezando o cara. Mas e os outros 20 que ficam esperando uma chance? Acho que o grande mérito que a equipe teve foi compreender isso, que a escolha de um de outro não era desprezar”, completou.
Terminada a ‘folga’, Tite já volta a comandar os treinamentos do Corinthians nesta semana para o jogo contra o Botafogo, na quarta-feira. O técnico projeta uma vitória desde já para iniciar a recuperação na tabela do Campeonato Brasileiro.
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