quinta-feira, 5 de julho de 2012

Emerson se une a grandes heróis da história do Sport Club Corinthians Paulista

Emerson está consagrado na história do Corinthians. Com os dois gols feitos na noite desta quarta-feira, o atacante foi determinante para a conquista do título da Libertadores, no Pacaembu. Emerson se coloca, definitivamente, ao lado de nomes já imortalizados com a camisa alvinegra.

O Pequeno Polegar

Nomes como o de Luizinho, 'O Pequeno Polegar',  atacante que nasceu na Zona Leste de São Paulo, reduto corintiano e defendeu o clube do seu coração por quase 20 anos, entre 1948 e 1967. Com seus 1,64m e 54kg, Luizinho marcou numerosos 175 gols pelo Corinthians, um deles, inesquecível.

Era o ano do 400° aniversário da cidade de São Paulo, 1954 e quem vencesse o Campeonato Paulista ganharia o pomposo título de 'Campeão do IV Centenário'. A final colocou frente à frente Corinthians e Palmeiras, no Pacaembu. O arquirrival saiu em vantagem, mas o Alvinegro empatou com Luizinho, de cabeça. Quando perguntado qual era a grande conquista da sua carreira, Luizinho, um dos grandes ídolos da história corintiana, costumava responder: "Aquele que vale por cem anos, o do IV Centenário."

Basílio

Em 1977, o Corinthians já somava 22 anos sem vencer nenhum título. O último havia sido justamente o de 1954. No estadual de 77, o time chegava à final novamente, contra a Ponte Preta. Zé Maria cobrou falta da direita, Vaguinho cabeceou na trave, Wladimir carimbou o adversário e a bola sobrou limpa, na pequena área. Basílio, apenas 29 gols na carreira pelo Corinthians, bateu de primeira e estufou a rede em um movimento que jamais será esquecido. O Corinthians venceu por 1 a 0 e voltou a ser campeão.

"Naquele momento era a alegria pelo gol que nos dava a vantagem no jogo. Hoje, não. A emoção é muito maior. Fui o escolhido para fazer o gol. Joguei de lateral, volante, meia, atacante, ponta... Sem falar que a bola sobrou para o Vaguinho e o Wladimir antes de mim. Mas uma força maior, de Deus, quis que fosse eu", testemunhou Basílio.

O Talismã

No ano de 1990, foi a vez de acabar com o jejum no Campeonato Brasileiro. E assim como em 77, um coadjuvante se transformou em herói. Na segunda partida da final daquele ano, contra o São Paulo, Tupãzinho, conhecido como talismã pelo costume de entrar no segundo tempo e fazer gols, começou jogando. E também marcou. Na raça, de carrinho. Assim como no duelo de ida, quando outro ídolo discreto, Wilson Mano, deixou sua marca, o Corinthians venceu por 1 a 0.

Antes do título da Libertadores, em entrevista ao jornal 'Marca', o meia Alex já havia comparado o atual Corinthians com a equipe de 90. "O nosso time joga da mesma forma do (time) de 1990. Isso no aspecto de espírito e garra. Aquele time de 90 também não tinha nenhum grande craque. Era um grupo unido em busca de um único objetivo. Nosso time é assim também. Todos se ajudam e se entregam em campo para trazer esse inédito título." 

"Eu mantenho muito contato com o pessoal daquele time. Falo com o Tupãzinho direto, e o Neto - estrela daquele time - sempre me liga para me dar uns toques. Eles nos dão conselhos e nos ajudam muito. O bom é que no Corinthians não tem vaidade. Eles querem sempre o bem do Corinthians. Eu quero ser lembrado no futuro, assim como aquele time ficou marcado na história pelo que fizeram em 1990", afirmou Alex.

Dida

O goleiro Dida não fazia gols, mas também tem um lugar especial no coração dos corintianos. No título brasileiro de 1999, o tímido camisa 1 já havia ganhado os holofotes ao defender dois pênaltis do ídolo são-paulino Raí em uma só partida, pelas semifinais. Em 2000, se consagrou ao impedir a derrota para o Real Madrid na fase de grupos, defendendo pênalti de Anelka e ao parar Gilberto nas decisão por penalidades da final do Mundial 2000, contra o Vasco, em pleno Maracanã. Dida não pegou a cobrança que deu o título do mundo ao Corinthians, que Edmundo bateu para fora. Mas o torcedor mais fanático pode dizer que o tamanho do goleiro intimidou o 'Animal.'

Na hora da comemoração, Dida manteve a atitude sóbria, sem expressar reação. Hoje, o goleiro tem noção do seu feito. "Tenho sempre lembranças, recordo o meu passado com bastante alegria, principalmente pelas decisões e foram várias. Ter a torcida do Timão às nossas costas, nos apoiando desde o início, foi fabuloso", disse Dida, ao jornal 'Lance!'

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