terça-feira, 15 de maio de 2012

Nos bastidores, Corinthians se mexe para proteger time e torcida em São Januário.

O Corinthians não está preocupado apenas com o que vai acontecer dentro do gramado de São Januário, no jogo de ida contra o Vasco, pelas quartas de final da Libertadores. O clube paulista se movimenta também para garantir a integridade física de jogadores e torcedores no Rio de Janeiro, já que o confronto é considerado de alto risco.

"Nós estamos contando com o apoio da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Estive em contato com o comandante do GEPE (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios) e eles garantiram que está tudo controlado, que têm um esquema para que a gente não tenha problema na saída do hotel, no trajeto e na chegada ao estádio", explicou à GazetaEsportiva.Net o Coronel Waldir Dutra, chefe de segurança do clube alvinegro.

As autoridades vão fechar algumas ruas e escoltar o ônibus do Corinthians para evitar a repetição dos incidentes do Brasileirão de 2011, quando a equipe paulista, que disputava a liderança com os cariocas, foi recepcionada com pedradas que deixaram os jogadores assustados, embora nenhum vidro do veículo tenha sido quebrado.

"Testaram esse esquema no jogo do Lanús (time argentino que visitou o Vasco nas oitavas de final) e deu certo. É lógico que a situação do nosso jogo vai ser um pouco mais acirrada, mas eles estão preparados, com bastante gente envolvida, com reforço", continuou Dutra, que terá sua terceira conversa com membros da Polícia Militar do Rio de Janeiro nesta quarta-feira. Ao contrário dos outros contatos, feitos por telefone, desta vez haverá um encontro entre as partes.

Nas primeiras ocasiões, a segurança dos torcedores também foi discutida. "Intermediei o contato dos líderes das nossas torcidas com o pessoal do GEPE para que eles combinassem o horário de chegada a um ponto de encontro", explicou o Coronel Dutra.

A intenção da Polícia é conduzir os corintianos ao estádio horas antes do apito inicial e da chegada dos vascaínos. Em anos anteriores, a entrada dos visitantes só foi liberada no segundo tempo, o que não deve acontecer agora.

As torcidas organizadas dos clubes são inimigas. Em 2009, um homem morreu após ser agredido em um confronto entre vascaínos e corintianos. Segundo a Polícia, torcedores do Timão armaram uma emboscada na Marginal Tietê para o comboio de ônibus dos rivais, que chegavam a São Paulo para um jogo pela Copa do Brasil, no Pacaembu. Pouco tempo depois, um ônibus dos cariocas foi incendiado nas imediações do estádio.

A situação é agravada porque a cruz-maltina Força Jovem possui aliança com a Mancha Verde, do Palmeiras, que recentemente se envolveu em grande confusão com a Gaviões da Fiel. No dia 25 de março, um enfrentamento entre membros das duas facções paulistas na Avenida Inajar de Souza, Zona Norte de São Paulo, deixou dois palmeirenses mortos. A possibilidade de uma vingança armada pelos alviverdes, que juram terem sido vítimas de emboscada, faz com que as autoridades redobrem a atenção.

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