Em um jogo amarrado e de muitos erros, o baixinho de 1,67m conseguiu algo que parecia, no mínimo, improvável. Com um gol de cabeça e de cobertura no segundo tempo, o atacante venceu o gigante Cássio, de 1,95m, para dar ao Atlético-MG a vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, em Belo Horizonte, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
Com a cabeça no mata-mata da Taça Libertadores, o atual campeão do Brasileirão começa acumulando tropeços e sem sequer somar ponto - perdeu para o Fluminense na estreia, em São Paulo, e está na vice-lanterna.
Em virtude dos próximos amistosos da Seleção, o Campeonato Brasileiro só voltará a ter rodada em 6 de junho. Já o Corinthians atua no dia seguinte, contra o Figueirense, às 20h30m, no Pacaembu.
O futebol de Atlético-MG e Corinthians esteve longe de condizer com o bom momento que vivem na temporada. Com esquemas táticos muito semelhantes, o campeão mineiro invicto e o classificado para as semifinais da Taça Libertadores erraram passes em demasia e quase não criaram boas jogadas de ataque. Quando as oportunidades apareceram, faltaram capricho e qualidade. Nada mais justo que um primeiro tempo sem gols.
Os mineiros tiveram muitos problemas na criação. Aposta de Cuca para comandar o setor, o veterano Mancini esteve em uma tarde de pouca inspiração. Lento, não soube aproveitar a velocidade de Danilinho e Bernard, foi facilmente marcado e irritou a torcida. Para piorar, ainda perdeu a melhor chance da equipe da casa ao tabelar com André na entrada da área e chutar fraco pela linha de fundo.
Do outro lado, o desempenho também não foi dos melhores, mesmo com a volta de um centroavante de ofício. Nos poucos momentos de destaque, Elton mostrou que ainda não é o tão sonhado goleador. Após boa troca de passes, Alex cruzou da esquerda, e o grandalhão, livre na pequena área, perdeu chance incrível cabeceando para fora. Danilo também rendeu muito abaixo do que vem atuando em 2012, deixando o Timão concentrado pelo lado esquerdo.
A pequena melhora do Corinthians depois dos 30 minutos quase foi suficiente para terminar a primeira etapa em vantagem. Elton diminuiu um pouco a lambança do gol perdido ao ajeitar bela bola de cabeça para Willian na entrada da área. O atacante surgiu em velocidade bateu no canto esquerdo, mas parou em grande defesa do goleiro Giovanni.
Insatisfeito com o rendimento do Galo, o técnico Cuca tentou dar mais velocidade ao Atlético-MG. Saíram Mancini e Dudu Cearense para as entradas do estreante Junior Cesar e do argentino Escudero. O primeiro susto, porém, foi o Galo quem levou. Em cobrança de falta ensaiada de Chicão, Danilo desviou de cabeça para o meio da área, e Elton não chegou a tempo de completar para a rede.
Em um ritmo mais cadenciado, o Corinthians passou a controlar a partida. Aos 18 minutos, quase abriu o placar em um lance polêmico. Willian recebeu de Alex pelo lado esquerdo da área e soltou a bomba. A bola passou por Giovanni, mas, antes de entrar, encontrou o zagueiro Rafael Marques e foi pela linha de fundo. Os paulistas reclamaram de um toque de mão não marcado pela arbitragem.
No minuto seguinte, o Atlético-MG foi fatal na resposta. Em ótimo lançamento, o zagueiro Réver encontrou o baixinho Danilinho na área. De cabeça, o atacante tirou do alcance de Cássio e, de cobertura, fez o Independência explodir em preto e branco pela primeira vez no Campeonato Brasileiro.
Aos 24, André aproveitou rebote do goleiro do Timão após chute de Bernard, mas o gol foi anulado corretamente pelo árbitro sob a alegação de impedimento.
Tite arriscou tudo com as entradas de Douglas e Liedson para tentar mudar o comportamento ofensivo do Corinthians. A desvantagem fez o Timão se arriscar mais. Douglas perdeu boa oportunidade ao cabecear para fora um cruzamento certeiro de Fábio Santos. O lateral, aliás, seria expulso pouco depois ao reclamar de uma falta e receber o segundo cartão amarelo. No entanto, logo em seguida André também recebeu o vermelho por chutar a bola para longe em uma reclamação - o atacante já tinha amarelo.
Nos minutos finais, o Corinthians ainda tentou pressionar, mas não teve força ofensiva para estragar a festa dos mais de 13 mil atleticanos presentes na nova casa.
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