quinta-feira, 8 de março de 2012

Há exatamente três anos, um dos maiores ídolos do futebol mundial entrava também para a história do Sport Club Corinthians Paulista

Há exatamente três anos, um dos maiores ídolos do futebol mundial entrava também para a história do Sport Club Corinthians Paulista. Na tarde de 08 de março de 2009, no estádio Eduardo José Farah, em Presidente Prudente (SP), o Timão perdia para o Palmeiras por 1 a 0. O jogo, válido pelo Campeonato Paulista, estava chegando ao seu final. Mas, aos 47 minutos do segundo tempo, a tradicional raça alvinegra passou a se unir ao predestinado atacante Ronaldo Nazário de Lima. De cabeça, o Fenômeno marcou o seu primeiro gol pelo Clube e mostrou para o mundo que se recuperava novamente de uma grave lesão.
A partida entre Corinthians e Palmeiras foi a segunda de Ronaldo pelo Timão. A estreia havia acontecido quatro dias antes, quando a equipe venceu o Itumbiara, no estádio Juscelino Kubitschek, em Itumbiara (GO), pela Copa do Brasil. No clássico paulista, o Fenômeno começou no banco de reservas e entrou em campo aos 18 minutos do segundo tempo. Após acertar um lindo chute na trave aos 33, ele aproveitou uma cobrança de escanteio do meia Douglas e finalmente balançou as redes aos 47.
A história entre Ronaldo, o maior artilheiro da história das Copas do Mundo, e Corinthians ainda viveu uma série de outros capítulos marcantes, vitórias e títulos importantes. Pelo Timão, o ex-atacante jogou 69 partidas, marcou 35 gols (média superior a um a cada dois jogos) e conquistou os títulos do Paulistão e da Copa do Brasil, ambos em 2009. Em fevereiro do ano passado, quando ainda defendia o Clube, ele anunciou a sua aposentadoria.

Veja a crônica do jornalista Juca Kfouri, publicado na noite de 08 de março de 2009, em seu blog:
Ronaldo Fenômeno e a literatura fantástica
Gabriel García Márquez, em sua infinita criatividade, nem em seu extraordinário "Cem anos de solidão" foi capaz de imaginar situações como as vividas por dois brasileiros.
Por mais que o Brasil não tenha nenhum escritor que se inscreva no topo da literatura fantástica latino-americana, o país é pródigo em ser mais fantástico que a literatura.
Que outro país, por exemplo, tem um episódio como o de Tancredo Neves, o presidente que foi sem jamais ter sido?
E que outro país tem um ídolo como Ronaldo.
Depois de ter desafiado a realidade duas vezes, eis que ontem ele foi personagem de acontecimentos que beiram não só o fantástico, mas como, também, o surreal.
Entrou em campo num jogo aparentemente perdido para mudá-lo da água para o vinho, em apenas 31 minutos e cinco participações impressionantes.
Sofreu uma falta clara não marcada na entrada da área, deu um drible desconcertante num adversário, mandou um balaço no travessão do Palmeiras, deu um passe da linha de fundo para quase o empate corintiano, e, para coroar, marcou de cabeça, nos acréscimos o gol da vitória, da sua vitória.
O que será daqui para frente ao futuro pertence.
Mas o que já aconteceu em Presidente Prudente é suficiente para dizer que ele não é desse mundo.
Porque ninguém como Ronaldo tem sido capaz de fazer o real parecer um sonho ou fazer de um sonho realidade.
Como a morte de Tancredo Neves, a vida de Ronaldo confunde o que é verossímil com o inverossímil.
Amanhã, quando alguém contá-la, se não estiver muito bem documentada, haverá quem diga que é exagero.
Ainda bem que a vida dele em campo está toda gravada.

Confira as transmissões e narrações do primeiro gol de Ronaldo com a camisa do Corinthians:  

Torcida Organizada Fanatimão

Cléber Machado (TV Globo)

Luciano do Valle (TV Bandeirantes)

Milton Leite (Sportv)

José Silvério (Rádio Bandeirantes)

Reinaldo Costa (Rádio Eldorado-ESPN)

Repercussão mundial do primeiro gol de Ronaldo pelo Corinthians:
 
Marca

La Gazzetta dello Sport (Itália)

Marca (Espanha)

As (Espanha)

Sports Illustrated (Estados Unidos)

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