Em texto publicado no jornal “Esto”, Luis Garcia Olivo diz: ‘O barulho do estádio não tem comparação, não tem dimensão’
Na verdade, uma religião
“Transformado em uma autêntica necessidade, o futebol em São Paulo e em todo Brasil é verdadeiramente uma religião que envolve todo um ritual. Sem importar a hora que aconteça a partida, como a de ontem que foi às 22h do Brasil (19h, do México), os torcedores lotaram a casa, sem importar com as complicações. Famílias, casais, adolescentes e até crianças, acordaram cedo somente para aguardar o momento de ir ao campo e apoiar ao Corinthians, seu amor, sua religião, sua vida inteira. Poucas horas de começar o jogo, fogos pirotécnicos dão boas vindas. As músicas começam a ecoar e um mar de camisas brancas surge no horizonte. Milhares nem piscam, reclamam, se irritam, aplaudem, extravasam e ofendem Corona e companhia por fazerem cera, roem as unhas em cada jogada e ao soar do apito. Sua paixão não tem comparação nem latitudes, por isso mil respeitos ao Brasil, à cidade de São Paulo e ao Corinthians.
O resultado já era esperado com antecedência. Ontem à noite, só foi confirmado. O estádio do Pacaembu, não menos importante que o Morumbi, da cidade paulista, ensinou porque abriga um dos maiores clubes do país e do continente. Impressionante como num dia de trabalho, suas bandeiras foram embaladas e uma paisagem branca foi o que deixou os jogadores do Cruz Azul boquiabertos. Lotado até no alambrado, o estádio ensinou o que é ‘A Torcida do Corinthians’, umas das mais populares e perigosas do mundo, mais que a La 12 do Boca Juniors, os Tiffosi na Itália e os hooligans da Alemanha. O barulho do estádio que se escutava não tem comparação, não tem dimensão. O volume alto de “Corinthians!”, “Corinthians!” deixou atônito aqueles que estão longe dessa paixão que se vive o futebol nas cidades sul-americanas do continente. Aqui, é outra coisa”
Capa do jornal faz o mesmo: “Cruz Azul perde num estádio complicadíssimo, com um clima impressionante”
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