A três meses da eleição para presidente uma guerra política tomou conta do Corinthians. O presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Senger, amparado pela oposição, partiu definitivamente para o ataque contra Andrés Sanchez.
O resultado disso é que uma reunião do Conselho Deliberativo marcada para quinta-feira pode parar na Justiça, prejudicando o pleito, confirmado nesta terça-feira para dia 11 de fevereiro. Além disso, Senger chamou Andrés Sanchez de "ditador" e dirigente "volúvel", e voltou a criticar o contrato para a construção do Itaquerão assinado com a Odebrecht.
"Quero saber quem vai pagar essa conta (do estádio)? No dia em que assinei o contrato (1º de setembro), falei para o presidente e disse: 'Andrés, estou assinando confiando em você, assinei só a última das 56 páginas. Depois, começou essa guerra toda", afirma Senger.
A nova briga política no clube é motivada por uma disputa que envolve uma mudança de estatuto do clube. Além da polêmica sobre se os votos serão em cédula (papel) ou eletrônico, Andrés gostaria de alterar a forma da escolha dos conselheiros (200 serão eleitos na próxima eleição).
"O Andrés me procurou num café e me disse, Senger, precisamos alterar o estatuto do clube, mas não temos muito tempo. Disse a ele que iria estudar, mas que as coisas não são assim, como você quer. Dois dias depois fui surpreendido pela convocação que ele fez", diz Senger, que classificou a reunião como ilegal.
"Ele deu um tiro no pé, assinou um atestado de ditador, contrariando tudo que ele fez quando assumiu o poder, eu não sou ditador, sou legalista." Senger disse que vai Justiça nesta quarta-feira para cancelar a reunião, marcada semana passada, em ata assinada pelo próprio presidente Andrés Sanches.
Na entrevista coletiva concedida por Senger, estavam conselheiros do clube oposicionistas a Andrés e um dos prováveis candidatos da oposição, Osmar Stábile, que dever ser vice da chapa de outro oposicionista, Paulo Garcia.O candidato de Andrés é Mário Gobbi. Senger disse que as mudanças propostas por Andrés não são de vontade do presidente, e sim de pessoas que o assessoram. "O Andrés fica cercado desse pessoal que vocês conhecem, ele é volúvel e segue os caminhos dos ventos."
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