Andrés Sanchez, em entrevista publicada nesta terça-feira pelo Jornal da Tarde, o presidente do clube paulista afirma que o time do Parque São Jorge conquistará logo o inédito título do torneio continental.
“A Libertadores vai faltar sempre até ganhar uma. Pela primeira vez, vamos disputar a competição pelo terceiro ano seguido. Se disputar mais três seguidas vai ganhar, pode até ser no ano que vem. De 2014 não passa”, prevê o dirigente.
Sanchez, que vive seus últimos dias como presidente do Corinthians, também falou sobre o que mais o incomodou nos quatro anos nos quais exerceu o cargo. “Uma parte da imprensa, que quer saber mais da minha vida pessoal do que o que eu faço no Corinthians. Querem saber se tomo um litro de uísque, se fumo três maços de cigarro, com quem namoro. Eu me senti discriminado”, revela.
O cartola falou sem rodeios sobre o preço da fama. “No Brasil, se você faz sucesso, você é ladrão, bandido ou veado; se é mulher bonita, é prostituta. Fiquei decepcionado como brasileiro. Dedico 23 horas do meu dia ao Corinthians. É jornalista me ligando meia-noite, me ligando seis da manhã, liga amigo. É pesado. Talvez até piore, mas infelizmente tenho de carregar esse ônus”, comentou.
Escolhido há pouco tempo como diretor de seleções da CBF, Andrés evitou relacionar seu novo cargo com uma possível candidatura à sucessão de Ricardo Teixeira na presidência da entidade. “Não tenho obrigação nenhuma. O Ricardo tem mandato até 2015 e depois são as federações, clubes que vã decidir o próximo presidente. Não trabalhei para esse cargo, não fiz campanha, só trabalhei bastante para ser presidente do Corinthians. Tem muita gente na minha frente para suceder o Ricardo”, analisou.
Por fim, ele falou quais são os desafios que o próximo presidente do Corinthians terá pela frente. “Ele terá que acabar com o amador, fazer uma reengenharia total. E vai ter caixa para isso. vai ter melhores condições para trazer jogadores jovens. E também acho que talvez no final do próximo ano o clube vai poder trazer jogadores sem parceria, sem essas coisas de empresários. A independência financeira será maior. O Corinthians vai montar centros de treinamento em todo o Brasil. A meta dos próximos três, quatro anos, é ter 60%, 70% do time titular vindo da base”, completou.
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